O Brasil e os Estados Unidos poderão impulsionar a demanda por caminhões em 2013, com crescimento de 12% e 5% respectivamente, com boas perspectivas para Volvo, Scania e MAN. A projeção é do banco francês Société Générale, que prevê ligeira recuperação no setor depois de quedas de vendas sofridas no ano passado nos principais mercados ocidentais - Europa, EUA e Brasil.
Conforme o banco, o mercado brasileiro para caminhões terminou 2012 com queda de cerca de 20%, por causa de nova legislação sobre emissões e o impacto da desaceleração econômica. Com estímulos dados pelo governo e provável retomada de gastos com infraestrutura, antecedendo a Copa do Mundo e as Olimpíadas em 2016, mais demanda por caminhões pode ocorrer a partir deste ano. Em 2011, as vendas no Brasil alcançaram 53.145 unidades, caíram para 42.499 ano passado e pode alcançar 47.500 este ano, pelas projeções do banco. No último trimestre de 2012, houve crescimento nas vendas no Brasil.
As perspectivas para as vendas de caminhões na Europa continuam incertas, por causa da crise na zona do euro e a falta de confiança no mercado. O declínio da demanda nos carros pesados foi de 8% em 2012, com 187 mil unidades, ou 15% abaixo da média dos últimos dez anos. O banco revisou sua projeção para 2013, de crescimento de 10% para 5%.
A fragilidade de encomendas na Alemanha e na França justificam essa degradação Itália e Espanha são os mercados mais afetados.
O mercado brasileiro é essencial para a melhora nos negócios dos principais produtores. A Volvo pode se beneficiar no país, mas também na China, onde a recuperação industrial se reflete nas novas estimativas.
As encomendas na Scania também melhoraram nos dois últimos trimestres e a expectativa é de mais demanda no Brasil, seu mercado mais lucrativo. A alemã MAN é prudente na Europa, cortando o tempo de trabalho nas usinas de Munique e Salzgitter desde meados deste mês. Mas também pode se beneficiar da retomada dos negócios no Brasil.
FONTE: Portal NTC