As rodovias que percorremos, a BR 158 e a BR 192, são antigas e estão sem qualquer conservação há muito tempo. Há proibição de tráfego na maioria das estradas estaduais para bitrens, dificultando a vida dos motoristas. E a existência de uma terceira pista é algo raro de se ver. Este foi o panorama com que a equipe da Globo Rural se deparou ao chegar nas proximidades de Pelotas, após percorrer 518 km pelo principal corredor de movimentação de grãos do Rio Grande do Sul.
Atravessamos apenas um trecho de pedágio, com uma tarifa módica para o veículo bitrem com que estamos fazendo o percurso, o Scania R620 com sete eixos. No entanto, mesmo no trecho pedagiado, não encontramos sinal algum de obra recente para melhorar a rodovia e seu piso, que dá sinais de ter ultrapassado seu prazo de validade e começa a se soltar a olhos vistos.
De fato, a situação da conservação das estradas é bastante inferior às do Paraná e mesmo de Santa Catarina. A proibição do tráfego de veículos pesados nas estradas estaduais, por exemplo, aconteceu porque pelo menos 225 pontes no estado tinham capacidade para suportar a passagem de veículos com até 24 toneladas de carga, segundo o Daer, enquanto um bitrem roda com carga próxima a 40 toneladas. Algumas pontes já estão sendo reforçadas. Caminhões de grande capacidade, porém, só nas estradas federais.
FONTE: Globo Rural