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Mercedes-Benz lança versões de Accelo e Atron para a distribuição de bebidas

A Mercedes-Benz amplia sua oferta de produtos com o lançamento de duas versões dedicadas ao setor de distribuição de bebidas. O primeiro deles, o caminhão leve Accelo 1016, traz modificações significativas com foco em aumento da produtividade: a configuração 6x2 tem como opcional o terceiro eixo (montado por implementadoras), característica que eleva o peso bruto total (PBT) do caminhão para 13 toneladas, o que representa 9 toneladas de carga útil e capacidade para até seis paletes altos de bebidas. Já o semipesado Atron 1719 4x2 também chega em nova versão bebidas, além das versões plataforma e basculante.
Segundo o gerente sênior de vendas de caminhões a frotistas, Paulo Arabian, os produtos fazem parte da nova estratégia da empresa alinhada com a nova gestão da área, agora focada nas necessidades de cada cliente. 
“Antes a empresa estava focada em atender os clientes a partir dos produtos que temos e tentar encaixá-los na operação do cliente frotista, desde os caminhões leves até os extrapesados. Mas se olhamos para os setores da economia, principalmente aqueles com potência de transporte, há necessidade de endereçar algumas famílias de produtos para o mesmo setor, que convergem para um melhor aproveitamento.” 
Com a política de oferecer produtos cada vez mais específicos, a Mercedes-Benz dividiu seus cerca de 300 clientes frotistas em 20 segmentos, que representam mais de 95% do contexto de transporte do País, entre eles, sucroalcooleiro, varejista, construção civil, bebidas, atacadista, frigorífico, serviços, combustíveis, cegonha, transporte de valores, entre outros, e dedicou a eles encontros mensais durante todo o ano passado, cada um direcionado a um segmento, para ouvir suas necessidades no quesito transporte de cargas.
O executivo diz que o projeto do novo Accelo 1016 demorou quase cinco anos para ficar pronto e foi desenvolvido em parceria com a Brasil Kirin, uma das maiores fabricantes do setor de bebidas frias no País, que detém as marcas Schin, Cristal, Devassa entre outras. A adaptação do caminhão passou por diversos passos, o principal deles com monitoramento do veículo na operação real do cliente, incluindo visitas técnicas, análise de performance, entre outros. O resultado: após a configuração final do veículo, a Mercedes-Benz vendeu as primeiras cinco unidades do modelo com o terceiro eixo ainda em 2012 para a Kirin Brasil, o que marcou a introdução do produto no mercado.
“A princípio, desenvolvemos um produto exclusivo para um cliente, mas nossa estratégia de inserção cada vez maior nesses diversos segmentos de transporte nos fez abrir um leque de possibilidades e agora lançá-lo para todo o mercado distribuidor de bebidas”, acrescentou. 
A estratégia de criação e apresentação de soluções para cada segmento surtiu efeito. No período entre janeiro e julho deste ano, a Mercedes-Benz emplacou a venda de 5 mil caminhões, entre leves e extrapesados, para frotistas, volume que representa pouco mais de 20% do total de vendas da marca no período. Parte dos clientes que compraram algumas dessas unidades, como a Locamérica (199 caminhões) e a G10 (125 caminhões) tinha 100% de frota composta por marcas concorrentes. 
“Em 2011, considerando o mesmo período e mesmo número de clientes, essas vendas eram de apenas 200 unidades”, comemora Arabian. 
As projeções com o novo caminhão Accelo 1016 apontam para vendas de 1 mil unidades por ano nos próximos três anos, em um mercado em que a Mercedes-Benz computa 30% de participação. O setor de bebidas é um dos mais significativos em termos de transporte no País: com uma frota estimada em 38 mil veículos, o setor calcula idade média de 8 anos, sendo que a renovação anual circula em 3 mil veículos, incluindo todos os segmentos, desde comerciais leves, médios, pesados e até motocicletas.
Nos meses restantes para o fechamento do ano, o executivo aponta quatro segmentos que deverão puxar as vendas para frotistas: sucroalcooleiro, em preparação para a colheita da safra do próximo ano; atacadista, que tradicionalmente no segundo semestre acelera reposição e abastecimento do varejo em preparação às compras de fim de ano; o próprio setor varejista, com o aumento do consumo a partir da inserção de mais poder de compra com o 13º salário, e construção civil, a pleno vapor com as obras de infraestrutura em portos, aeroportos, estradas, ferrovias, concreteiras etc.
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