O crescimento da demanda por transporte provocado pela "supersafra" agrícola deste ano e a produção de caminhões em níveis acima do esperado foram os responsáveis pela alta do desempenho da Randon no segundo trimestre.
Segundo o diretor de relações com investidores, Geraldo Santa Catharina, o ganho de escala proporcionado pelo aumento dos volumes de produção e o impacto favorável da desvalorização do real sobre as exportações permitiram ao grupo recolocar as margens em linha com os "patamares históricos" para o período.
Conforme relatório divulgado, o grupo fechou o trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 68,9 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 4,7 milhões apurado em igual período do ano passado. O lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) passou de R$ 65,9 milhões para R$ 151 milhões, o que proporcionou uma alta de 7,5% para 14,3% na margem Ebitda. A receita consolidada líquida avançou 19,8%, para R$ 1,059 bilhão.
A margem bruta consolidada do grupo chegou a 25,1%, ante 20,5% no segundo trimestre de 2012, quando os efeitos da seca sobre a agricultura e a transição dos veículos a diesel para o padrão de motorização "Euro 5" comprometeram o desempenho dos segmentos de reboques e semirreboques rodoviários e de autopeças. "Acima desse nível é acidente de percurso e abaixo dele é sinal de alguma crise", disse o executivo.
No segmento de autopeças, a margem bruta cresceu de 25,5% no segundo trimestre de 2012 para 27% neste ano, enquanto no de implementos rodoviários a alta foi de 13% para 20%. No ano passado, com a demanda fraca, houve queda de produção e preços das linhas de reboques e semirreboques porque a Randon foi obrigada a acompanhar as promoções feitas pelos concorrentes. Na linha de autopeças também ocorreu retração de volumes, mas o impacto sobre os preços não foi acentuado devido às características dos contratos com as montadoras, explicou Santa Catharina.
FONTE: O Carreteiro