Com a filosofia criada pelo marketing da marca “trucks you can trust” (caminhão em que você pode confiar) a nova geração do Axor 1933 BlueTec 5, além de ganhar um motor moderno e estar muito mais econômico, também recebeu uma modificação no visual que lhe deram uma aparência mais robusta. Observe a nova grade frontal, com lâminas encorpadas e a estrela de três pontas em destaque ao centro. O nome Axor saiu da grade frontal e ficou destacado mais acima.
Os modelos que possuem motor OM 926 LA, como o Axor 1933, avaliado nesta reportagem, também receberam novas portas, com maçanetas que, por serem mais ergonômicas na abertura, prometem maior durabilidade. O para-sol nas cabines com teto baixo também é novo, assim como os retrovisores, que estão mais angulares. Por dentro o Axor recebeu novo volante, mais ergonômico, e revestimento no teto e nas paredes, em tecido mais claro para melhorar a sensação de espaço e conforto. O painel está mais escuro, o tapete de borracha também é novo, assim como o tecido da cortina e da cama – e ao olhar todo esse conjunto, logo nota-se um caminhão mais sóbrio. Os assentos com um design inteiramente renovado são mais aconchegantes, pois a ideia é melhorar o bem-estar do motorista durante as viagens.
Contudo, o Axor 1933, assim como todos os 14 membros desta família, traz como maior atributo a tecnologia BlueTec 5 – solução que chegou para atender a norma Proconve P7 (equivalente a Euro 5, aplicada na Europa). A lei exige a redução de 80% nas emissões de MP (material particulado) e de 60% nas emissões de NOx (óxidos de nitrogênio) saídos dos escapamentos dos caminhões, em relação aos modelos Euro 3. E para diminuir esse volume, a tecnologia BlueTec 5 exige a adição do Arla 32 (Agente Redutor Líquido) no escapamento do veículo para pós-tratamento dos gases de escape por redução catalítica seletiva, chamada SCR. Graças a esse processo, os caminhões estão mais econômicos e silenciosos, sendo possível trabalhar com bastante liberdade na otimização da combustão do motor, consequentemente resultando em uma queima mais eficiente e na menor emissão de material particulado e fumaça cinza – nocivos à saúde.
Indicado para atividades de médias e longas distâncias, o 1933 atende a logística como milk run, distribuição varejista, transporte de combustível, cegonha e frigorífica, podendo ser atrelado a implementos com baú e semirreboques de três eixos – como nesta aferição.
O modelo, disponível com configuração 4x2, possui cabines simples, estendida e leito, com teto baixo ou alto. E por ir bem nas movimentações intermunicipais, graças às suas dimensões e à variedade de cabines disponíveis, o transportador pode escolher a configuração que melhor se encaixa ao seu negócio. Um dado a se ressaltar sobre o 1933 é que ele está mais forte. O torque antes era de 127 mkgf de 1 400 a 1 600 rpm, e agora aumentou para 132 mkgf de 1 200 rpm a 1 600. Isso garantiu um caminhão mais econômico, possibilitando ao motorista trabalhar numa faixa mais ampla de rotação.
O motor OM 926 de 7,2 litros possui 326 cv, e graças à sua cilindrada está na medida quando o assunto é otimização do consumo. Para se ter uma ideia, em comparação com o 1933 P5/Euro 3, aferido pela Transporte Mundial em fevereiro de 2007, o modelo atual apresentou 9% a mais de economia no mesmo percurso. Lógico que outras variáveis a favor ou contra podem ter influenciado nesse percentual, como o trânsito, por exemplo. Mas vamos concordar que esta diferença é bastante significativa.
O motor trabalha em perfeita harmonia com o câmbio MB G 211 de 16 marchas, graças às trocas precisas. Vale lembrar que o Axor 1933 é o único da linha dos modelos rodoviários a ser comercializado com o câmbio manual.
Mesmo sua tara maior em 270 kg em relação à versão P5/Euro 3, em função das novas tecnologias aplicadas – a BlueTec 5 com catalisador, os dois tanques de combustível que somados são 820 litros e o tanque de Arla de 95 litros –, o Axor está homologado para atuar com 46 000 kg, o maior PBTC (Peso Bruto Total Combinado) se comparado aos seus concorrentes diretos, na faixa de 300 cv.
Na prática, isso traz vantagens operacionais ao transportador, que pode trafegar com mais carga líquida gastando menos óleo diesel.
FONTE: Revista Transporte Mundial