A sueca Scania não viu a tradicional desaceleração sazonal na demanda na Europa no terceiro trimestre, afirmando que operadores de caminhões têm corrido para comprar novos veículos antes que nova legislação de emissão de poluentes os force a adquirir modelos mais caros a partir de 1º de janeiro. Entretanto, enquanto a demanda europeia se recupera, a empresa afirmou que tem visto moderação no boom do mercado na América Latina ante o trimestre anterior.
Uma retomada na demanda por caminhões pesados tem ganhado força no mercado europeu este ano e em julho a Scania havia afirmado que aumentaria a produção no restante do ano. "Há uma necessidade de substituição e um interesse entre os clientes de investir nos chamados caminhões Euro 5 antes do final do ano. Diante disso, não vemos a tradicional desaceleração nas encomendas europeias durante julho e agosto", disse a companhia controlada pela Volkswagen. Os novos caminhões com tecnologia de emissões Euro 6 são cerca de 10 mil euros mais caros que a geração anterior, um preço cerca de 5% a 10% maior se comparado aos modelos Euro 5.
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"Temos visto alguma desaceleração, mas isso precisa ser colocado sob perspectiva da carteira de encomendas, falta de visibilidade e a demanda extremamente alta que já tivemos", disse o presidente-executivo da Scania, Martin Lundstedt.
Citando uma previsão de demanda pelo grupo para o período de 2012 a 2020, a companhia afirmou que começou a ampliar sua capacidade técnica para acomodar entregas quase duas vezes maiores, a 120 mil veículos por ano, o que vai exigir investimento de 1,5 bilhão de coroas suecas (US$ 232 milhões) ao longo de três anos. Ano passado, a Scania entregou cerca de 61 mil caminhões.
FONTE: Terra