Por conta de falta de condições ambientais de trabalho e a demora no processo de descarregamento no terminal da ALL – América Latina Logística, em Rondonópolis (MT), os caminhoneiros que operam no local prometem parar o transporte de cargas do Estado.
Entre as reivindicações está a criação de um sistema de agendamento para descarregamento dos produtos.A ideia é que o caminhão só seja carregado quando a ALL agendar a descarga, de acordo com a capacidade de exportações pelos trilhos.
Somente o setor de grãos contabiliza 30 mil profissionais atuando na área no Mato Grosso, sendo que 10 mil são da região de Rondonópolis. Aproximadamente 2.500 caminhões passam pelo terminal da cidade diariamente.
Segundo o presidente do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de Mato Grosso), Roberto Pessoa Costa, na semana passada, havia motoristas aguardando mais de sete dias para descarregar no terminal.
“Não há vagões suficientes para atender a demanda e o motorista fica aguardando sem ter local apropriado para estacionar ou esperar, sem ter o que comer e beber, além da falta higiene nos banheiros. É uma situação totalmente degradante”, declarou o sindicalista. “Obtemos uma liminar judicial que determina que a ALL faça o descarregamento em até cinco horas e, após esse período, o pagamento do valor de R$ 1,00 por tonelada, mais multa de R$ 100 mil ao dia”, informou.
A manifestação está prevista para durar o dia todo. A partir das 8h, os caminhoneiros se concentram em frente à sede do Ministério Público do Trabalho e após seguem em passeata pelas vias da cidade. Está prevista no Ministério Público uma audiência para discutir as melhorias das condições de trabalho.
O Complexo Intermodal Rondonópolis foi inaugurado há uma semana, com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff. Porém, segundo os motoristas de caminhão, todas os problemas encontrados no terminal da ALL de Alto Araguaia, na divisa de Mato Grosso com Goiás, já estão presentes na nova instalação. Entre elas, as filas enormes, poeira e falta de condições de higiene para quem espera pela descarga.
FONTE: Transporta Brasil