Facchini

Indústria terá projeto único para renovação de frota de caminhões

Na próxima semana, representantes da Anfavea e de outras oito entidades voltarão a se reunir para dar continuidade à proposta de unificação do projeto de renovação de frota de caminhões no Brasil. A primeira reunião ocorreu no dia 30 de outubro durante a 19ª edição da Fenatran, Salão Internacional do Transporte, no estande da Anfavea. 
“Cada associação tinha um projeto diferente, nossa proposta é apresentar uma única proposta do setor privado e entregar ao governo no início da segunda quinzena de novembro”, informou Luiz Moan, presidente da Anfavea, durante a apresentação dos resultados de mercado na quarta-feira, 6, em São Paulo. 
Segundo o executivo, o grupo já concordou em alguns pontos, entre eles, que o programa seja permanente e que seja oferecido e garantido acesso facilitado ao crédito para financiamentos, incluindo condições para autônomos. “Essas medidas visam a não geração de uma bolha de consumo e depois uma queda”, reforça Moan. 
Segundo ele, deverá haver ainda indicações sobre como se dará a reciclagem dos veículos antigos e cursos de capacitação para motoristas, em uma parceria da Confederação dos Transportes com o Sest-Senat: “Não adianta o caminhoneiro entregar um caminhão com 30 anos de uso se não sabe operar caminhões mais modernos”.
Nesta primeira fase, o projeto contemplará o segmento de caminhão, cuja frota circulante brasileira é composta por 44% de veículos com mais de 20 anos de uso, segundo dados da ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres. A segunda fase, revela Moan, será focada nos ônibus e uma terceira fase será destinada aos veículos leves. 
Além da Anfavea, participam do grupo de unificação da proposta a Fenabrave, Federação das Distribuidoras de Veículos, Sindipeças, Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para veículos Automotores, CNT, Confederação Nacional dos Transportes, NTC e Logística, Associação Nacional de Transporte de Carga e Logística, Instituto Aço Brasil e Inesfa, Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e de Aço. 

PARCERIAS EM PROL DA SAÚDE DO MERCADO
Visando a manutenção do crescimento das vendas do setor de caminhão, a Anfavea também se uniu à Anfir, Associação das fabricantes de implementos rodoviários, e NTC para pleitear junto ao BNDES e Ministério da Fazenda a continuidade do Finame PSI em 2014, com taxas mais atrativas. 
“Foi um trabalho forte que fizemos para primeiro: prorrogar o programa para o ano que vem e, segundo, garantir os recursos necessários para o financiamento de caminhões, ônibus, implementos e máquinas agrícolas. O mercado desses segmentos vai continuar muito bem não só neste ano, mas também em 2014”, enfatizou.
Sustentado pelas taxas de juros a 3,5% ao ano no primeiro semestre e 4% no segundo no Finame PSI, as vendas de caminhões cresceram 12,8% em dez meses sobre mesmo período de 2012, para 128,4 mil unidades. O segmento de pesados exerceu a maior influência positiva no resultado global, com alta de 36,4% na mesma base de comparação, para um total de 45,6 mil unidades.
Para este ano, a Anfavea espera incremento de 8% nos emplacamentos de caminhões, para algo como 170 mil unidades. A entidade fará projeções para 2014 só em janeiro, quando já deverão estar em vigor as novas taxas de juros do Finame PSI, que ainda não foram divulgadas.
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