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Produtores já estão contratando caminhões com receio de faltar na colheita

Produtores rurais da região Norte de Mato Grosso já estão contratando caminhões para a colheita da safra de soja, que começa somente a partir da segunda quinzena de janeiro. A antecipação ocorre para que os contratos já sejam firmados, com receio de faltarem veículos na época da retirada dos grãos na colheita.
De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, em alguns municípios do Nortão já houve falta de caminhões na safra passada, devido ao aumento de produção em relação ao ciclo anterior. E, como a expectativa é de novo recorde em 2014, os agricultores já visualizam problemas no escoamento dos grãos.
O gerente de transportadora Sílvio Lima de Souza disse, ao Agroolhar, que nesta safra poderá faltar caminhões, pois serão cerca de dois milhões de toneladas de soja a mais que no ano anterior. 
“Na safra passada já tivemos problema com transporte da lavoura até os armazéns e os agricultores não querem ficar dependendo de poucos caminhões para retirar os grãos. Então as contratações realmente estão antecipadas”, comentou.
O agricultor Geraldo Bortolas Dias informou, à reportagem, que o produtor rural precisa colher a soja no “tempo certo” para poder fazer o plantio da segunda safra dentro da janela ideal. “Então não dá para ficar esperando para contratar frete só lá em janeiro. Isso tem que ser feito agora. Quem deixar para a última hora pode passar apertado”, falou.
A escassez de caminhões se reflete no encarecimento do frete dentro da fazenda. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o serviço estará 17% mais caro nesta safra em relação ao ciclo 2012/13. O valor médio saltará de R$ 44.3 para R$ 51.8, por hectare.
Segundo o Imea, Mato Grosso deve colher cerca de 25.669 milhões de toneladas da oleaginosa nesta safra 2013/14. Caso se confirme, o montante será 8.5% maior que o resultado da safra anterior, quando foram 23.660 mi/t.
O crescimento da produção está baseado no aumento da área plantada, que cresceu 4.8% e foi a 8.2 milhões de hectares, fomentado pela expectativa de aumento médio da produtividade, que deve sair de 50 sacas por hectare, para 52.
FONTE: Agro Olhar 
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