Os licenciamentos de veículos comerciais pesados estão travados em dezembro. Este é o cenário apresentado pelo presidente da Anfavea, Luiz Moan, para o segmento, cujas vendas vêm crescendo progressivamente durante o ano, reflexo da política de baixas taxas de juros da linha de financiamento Finame PSI, fixada em 4% até o dia 31 deste mês. Com o aumento da taxa a partir de 1º de janeiro, para que o BNDES possa computar as compras com a taxa atual dos juros, trâmite que pode demorar um mês, a instituição fixou a data limite de 13 de dezembro para que sejam entregues todos os processos de compra pelos agentes financeiros, que por sua vez, aceitaram os pedidos até 30 de novembro.
“Enquanto não tiver regulamentação do PSI, o mercado para”, afirmou Moan ao apresentar os dados do setor na quinta-feira, 5, em São Paulo.
Entre janeiro e novembro, o segmento de caminhões viu suas vendas aumentarem 10,7% na comparação com mesmo período do ano passado, mas caíram quase 12% em novembro contra outubro (leia aqui), mostrando que o segmento está perdendo força.
Segundo Moan, a falta de dinheiro no BNDES para financiar veículos travou o mercado em outubro, o que também afetou o desempenho de novembro. Com esse cenário, o executivo prevê nova queda neste mês, mas prefere não revelar de quanto poderá ser o recuo sobre novembro.
Em sua última projeção para o segmento, a entidade apostava em crescimento de 7,9% das vendas deste ano sobre 2012, mas o índice deverá ser revisto, considerando que a Anfavea admite que as vendas totais do setor de veículos, incluindo caminhões, ônibus, automóveis e comerciais leves deva ficar próximas às do ano passado, com crescimento abaixo de 1% (leia aqui).
Enquanto as vendas ainda geram dúvidas, a produção de caminhões saltou expressivos 46,9% nos onze meses acumulados contra igual intervalo de 2012, ao atingir volume de 182,1 mil unidades. Por sua vez, as exportações foram bem mais tímidas, com leve alta de 1,2% na mesma base de comparação, para pouco mais de 23 mil caminhões, entre leves, médios e pesados.
FONTE: Automotive Business