Facchini

Carcon prevê elevação das vendas em 2014

Apesar da tendência de queda nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves desde janeiro, após elevação do IPI, o ano de 2014 deverá fechar com saldo positivo tanto nas vendas como na produção de veículos leves no Brasil. É o que aponta estudo preparado pelas consultorias Carcon Automotive e LMC Automotive especialmente para Automotive Business, e que passa a ser atualizado mensalmente neste portal (veja o estudo completo aqui). 
De acordo com a projeção das consultorias, deverão ser vendidos no País 3,64 milhões de automóveis e comerciais leves, em alta de 1,9% sobre os 3,57 milhões emplacados em 2013. A estimativa é até mais otimista do que a previsão da Anfavea, que estima avanço em torno de 1% este ano. A aposta mais elevada fica lastreada no esperado crescimento das operações de CDC (crédito direto ao consumidor), do PIB, e pela queda da inadimplência. Este volume de vendas deve ainda acelerar nos próximos anos, alcançando 4,71 milhões de unidades em 2019, aponta a projeção. 
A produção de veículos leves, apesar de enfrentar diversos problemas de competitividade, deve crescer 0,8% em 2014. A Carcon e a LMC apontam que serão produzidos 3,53 milhões de leves este ano. Em 2015, o número tende a subir para 3,6 milhões de unidades. Em 2018, se aproximará de 4,25 milhões. Em 2019, o volume recorde deverá ser de 4,4 milhões de leves fabricados no País. 

CAMINHÕES 
Os licenciamentos de caminhões no mercado interno, que em 2013 somaram 155 mil unidades, também deverão ter avanço este ano, para 158 mil unidades. Para os dois próximos anos, as consultorias apostam em tendência de alta. Em 2015, deverão ser emplacados 161 mil veículos pesados. Em 2016, 165 mil. Mesmo assim, os números ficarão abaixo do recorde de 169 mil caminhões comercializados em 2011, quando as montadoras e frotistas se preparavam para entrada na nova legislação de emissões do Proncove P7, que tornaram os pesados mais caros. 
A produção de caminhões, contudo, deverá ter retração em 2014, para 176 mil unidades, como reflexo do ajuste de estoques das montadoras, que ficaram altos no fim de 2013, e também por causa de queda nas exportações para a Argentina. Mas nos próximos anos a produção deverá voltar a crescer, chegando a 181 mil caminhões produzidos em 2015 e a 185 mil em 2016. 

AMÉRICA DO SUL 
Na América do Sul, o nível de produção de veículos leves deverá ser mantido em 2014, prevê o estudo. Uma das exceções será a Argentina. Por causa da situação econômica difícil, é esperada redução em torno de 8% na produção de veículos leves no país vizinho, para cerca de 720 mil unidades. As vendas destes modelos no mercado argentino deverão totalizar 890 mil unidades este ano, mesmo nível previsto para 2019. 
Para os próximos anos, a expectativa para a América do Sul é mais positiva. A produção de leves deverá aumentar, passando de 4,6 milhões de unidades em 2014 para 5,5 milhões em 2018 e 5,9 milhões em 2021. Mas deverá haver capacidade ociosa crescente, de 2,1 milhões de unidades em 2014, de 2,6 milhões em 2018 e de 2,2 milhões em 2021. A utilização da capacidade instalada da indústria, em queda desde 2012, deverá ficar abaixo dos 70% em 2015. E só ultrapassará este patamar a partir de 2019. 

SEGMENTAÇÃO DOS MERCADOS 
Em 2014, 65% dos mercados brasileiro e argentino deverão ser preenchidos por veículos compactos, 13% serão de médios, os subcompactos corresponderão a 12,7%, enquanto os modelos grandes ficarão com uma fatia de 9,1%. 
Em 2019, os modelos populares deverão ter menor participação nas vendas dos dois países. Os compactos deverão ocupar uma faixa de 60,6% do mercado. Os subcompactos subirão para 16%. Os médios, 14,8%. Restará cerca de 8,6% para ser preenchido por modelos grandes ou de luxo.
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