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Coopercarga define plano para tornar-se operador logístico

A Coopercarga, maior cooperativa de transportadores do país, quer dar um passo mais largo e se tornar um operador logístico completo. Os primeiros planos neste sentido incluem investimentos em diversos armazéns pelo país e a compra de mais 400 caminhões neste ano, após a aquisição de outros 400 no ano passado. "Nosso planejamento para o futuro é ser um operador logístico, não somente uma empresa de transporte", diz Osni Roman, presidente da companhia desde 2011.
Formada por um grupo de 143 transportadoras, em 1990, a Coopercarga faturou R$ 746 milhões no ano passado, 22% acima das receitas do ano anterior. Fundada em Concórdia (SC), tem presença mais forte no Nordeste do país.
Atualmente, a companhia possui três armazéns: em Itupeva (SP), Recife (PE) e Curitiba (PR). O objetivo da companhia é ter um armazém ao lado de cada um dos locais onde já possui instalações, afirma Roman. Hoje, a Coopercarga tem 60 unidades de gestão de frota e apoio ao transportador no Brasil e em outros países da América do Sul.
Neste ano, está investindo R$ 35 milhões em um armazém em São Paulo e comprou terreno para instalar outro no Rio de Janeiro. Também já está na agenda a construção de outros dois armazéns, um em Goiás e um na Argentina.
Os investimentos nos armazéns acontecerão paralelamente a desembolsos significativos na frota de caminhões. A Coopercarga possui 1,9 mil veículos, propriedade de seus 150 cooperados. O quadro total, porém, tem cerca de sete mil associados, que trabalham esporadicamente, com frota flutuante.
No ano passado, a cooperativa investiu mais de R$ 100 milhões na compra de 150 caminhões leves, da Volkswagen e Mercedes-Benz, e de 250 pesados, da Scania. Do total, metade foi usada para renovar a frota e os outros 200 para ampliá-la. Em 2014, a companhia vai comprar pelo menos 400 caminhões, afirma Roman. Estão previstos 130 leves e 270 pesados, e é possível que sejam feitas outras aquisições no caso de fechamento de contratos para operações especiais.
Mas os ganhos da empresa não deverão acompanhar o ritmo dos investimentos. "Entendemos que não será um ano de crescimento muito grande", afirmou o presidente. Roman mostra preocupação com a inflação e com o crescimento do país neste ano.
Por ser uma cooperativa, a Coopercarga não tem lucros. As sobras líquidas apuradas em cada exercício, depois de deduzidas as taxas destinadas para os fundos obrigatórios, são rateadas entre os associados em partes proporcionais de suas participações nas operações da cooperativa dentro do período.
FONTE: Portos e Navios 
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