Facchini

Empresas buscam soluções tecnológicas para reduzir gastos de frotistas

O alto custo do transporte rodoviário de cargas é um antigo problema enfrentado pelo segmento, que impacta diretamente no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Em 2013, a variação média do INCT (Índice Nacional de Custos de Transporte) foi de 7,65% para transporte de carga lotação e de 7,85%, para carga fracionada, fechando o período com quase dois pontos percentuais acima da inflação. Os dados são do estudo divulgado pela NTC&Logística (Associação Nacional dos Transportadores de Carga e Logística), que mensura custos com administração, transferência, coleta e distribuição, gerenciamento de riscos e custo valor de transporte.
Segundo a pesquisa, fatores como alta significativa nos preços de insumos importantes para o setor justificam o cenário. O litro do diesel saltou de R$ 2,152 para R$ 2,475, alta de 15%, enquanto os pneus subiram 12,7% e os salários, 10,22%. Os problemas com gargalos logísticos e os preços elevados de fretes, igualmente acima da inflação, contribuíram para o aumento dos custos.  
Com a confirmação de uma nova supersafra a partir de fevereiro, e diante da expectativa de maior distribuição de bebidas e alimentos no período da Copa do Mundo, frotistas buscam soluções que ajudem a reduzir os custos operacionais.
Atenta às diversas e novas demandas do mercado, a Pósitron, marca da PST Electronics, líder em segurança automotiva e referência no desenvolvimento de soluções tecnológicas em rastreamento e segurança eletrônica, desenvolvem ferramentas que agregam rastreamento, telemetria e inteligência da informação e auxiliam o transportador na gestão do negócio. A “Telegestão Pósitron” é uma destas soluções.
“A ferramenta consiste em uma análise mais apurada de informações, com base em relatórios gerados pelo sistema de Gestão de Desempenho. O serviço transforma informações de telemetria em conhecimento, permitindo que o cliente administre sua frota de forma mais eficiente”, explica Ana Cardoso, gerente da Unidade de Rastreamento da Pósitron.
A solução é capaz de diminuir gastos com combustível, mão de obra e troca de pneus, além de identificar hábitos dos condutores e situações que podem expor não só a segurança do veículo, mas também da carga e do motorista. “A leitura mais inteligente de todos os relatórios gerados pela tecnologia pode, além de todos os benefícios elencados, reduzir muitos acidentes e tombamentos de caminhões, complementa Ana.
Diversos parâmetros são avaliados, como velocidade em pista seca ou molhada, tempo de acionamento da embreagem (pé no pedal), freadas e acelerações bruscas, falha na pressão de óleo e uso do freio motor, queima desnecessária de combustível e desgaste de pneus. Até mesmo a repetição de rotas e tipo de estradas são considerados.
Os resultados que uma frota de 122 veículos obteria, com rodagem média mensal de 1,5 milhão de km, se fizesse uso da solução “Telegestão Pósitron” por 12 meses, seriam:

R$ 1,9 milhão/ano, devido à redução do consumo de combustível;
R$ 30 mil/ano, devido à redução do tempo do motor ligado em marcha lenta;
R$ 1,2 milhão/ano, devido à redução no desgaste dos pneus;
R$ 1,5 milhão/ano, devido à redução de acidentes.

“Neste caso, a empresa transportadora de carga obteria uma economia de R$ 4,6 milhões no ano, quantia que equivale a 11 caminhões novos”, destaca Ana.
Outra ferramenta desenvolvida pela Pósitron é a “Jornada de Trabalho”, cuja principal função é gerenciar o tempo de condução. Ela funciona por meio de soluções corporativas de rastreamento para logística, telemetria e carga, e tem como objetivo monitorar o desempenho do motorista durante o período de trabalho nas estradas. A avaliação é feita de acordo com a Lei 12.619, em vigor há um ano, que dispõe sobre o exercício da profissão. O serviço garante que o condutor dirija de forma segura e eficiente.
Segundo dados da SEADE (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), em 2011, o custo do mercado com acidentes foi cerca de R$ 7,3 bilhões, contra R$ 1 bilhão de prejuízo com furto, roubo e qualquer dano que envolva todo o processo da cadeia de transporte. Grande parte dos acidentes poderia ser evitada se transportadores e frotistas utilizassem ferramentas preventivas, como a “Jornada de Trabalho”.
FONTE: SEGS
NOTÍCIA ANTERIOR PRÓXIMA NOTÍCIA