Faltam no mercado brasileiro 100 mil motoristas de ônibus e caminhões, segundo a Confederação Nacional dos Transportes. O próprio setor está oferecendo cursos de graça para jovens com mais de 18 anos e renda familiar de até 3 salários mínimos.
São cinquenta mil vagas em todo o país. Oportunidade para quem não tem dinheiro para pagar a autoescola. Veja mais informações no site oficial do programa.
A placa já é fixa na entrada de uma transportadora de combustíveis: “Contrata-se motorista categoria D”. Há oito meses a direção procura motoristas de caminhões. A empresa precisa contratar imediatamente 20 profissionais, com salário médio de R$ 3 mil.
“Vários motoristas chegam, preenchem a ficha, mas não têm a experiência. Então, inclusive a gente tenta até meio que uma autoescola, começa nos caminhões pequenos, incentiva, ajuda. Alguns ficam, e outros, não. Por isso que existe esse déficit grande assim”, diz o sócio-diretor de transportadora Juvenil Martins Filho.
A necessidade é a mesma em várias empresas. E o problema tem preocupado.
“Vai faltar abastecimento tanto no transporte de mudança, como no transporte de combustível, como no transporte de produtos agrícolas. Em tudo vai haver uma dificuldade muito grande, entendeu”, acredita o encarregado operacional Deusdete Araújo.
Para tentar resolver essa carência, o sistema Sest Senat vai bancar a primeira carteira de habilitação para 50 mil jovens em todo o país. A principal condição para participar do projeto é trabalhar na área de transportes, ao final do curso. Cada aluno terá que assinar um termo para firmar esse compromisso. E o emprego é garantido.
Segundo a Confederação Nacional Dos Transportes, atualmente faltam 100 mil motoristas de ônibus e caminhões no mercado de trabalho. Quem for selecionado, vai fazer autoescola para primeiro aprender a dirigir carro de passeio e vai participar de vários cursos de formação, como legislação de trânsito e direção defensiva.
Podem se inscrever jovens com mais de 18 anos, renda familiar de até 3 salários mínimos e que saibam ler e escrever.
De olho nesse mercado, Ecileno de Souza já está na autoescola para tirar a carteira para dirigir caminhão. Ele trabalha há um ano como entregador. E já faz planos para ser promovido.
“Na empresa que eu trabalho inclusive tem bem uns 10 caminhões, ou mais, e sempre entra funcionário, sai funcionário e vai tocando”, diz Ecileno.
Além da exigência de trabalhar no setor de Transportes, quem se inscrever e não cumprir as atividades, vai ter que ressarcir o valor.
FONTE: Bom Dia Brasil