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International confirma novidades em produtos a partir de 2015

Sem muito alarde, em passo bem ajustado ao tamanho das pernas, a International Caminhões vai mostrar, muito em breve, fortes reflexos de que acertou em cheio ao reformular sua operação brasileira, assumindo uma postura absolutamente realista. Guilherme Ebeling, presidente da companhia, confirmou que 2015 será um ano importante, com o lançamento de produtos de linha leve, além de evoluções em produto e sistemas produtivos dos atuais produtos.
Para o mercado e sua rede, Ebeling promete agitação ao confirmar a oferta de dois modelos novos, um de 6 toneladas e outro na faixa de 9/10 toneladas,l que já chegarão aptos ao Finame. “Temos acordo operacional com duas empresas internacionais. Uma é a chinesa JAC, a outra ainda não posso revelar”, conta o executivo. Com uma novidade importante: a cabine será inédita no Brasil. “Não se trata de produto exclusivo, mas algo moderno, diferente de outros exemplos de origem chinesa, como aquela cabine que todo mundo tem e só troca as letras na frente”..
Essa cooperação International e JAC já não é coisa nova. Na fábrica de Escobedo, no México, já é produzido um caminhão leve, de 8 toneladas, chamado CityStar. “Não será esse o produto brasileiro, mas haverão contribuições ao nosso projeto”.
Tem mais: em uma segunda etapa, Ebeling acena com uma oferta no segmento dos semileves e ainda no que chama de high volume. Mas, nesse primeiro momento, serão dois modelos. Outras novidades passam por um face lift na cabine do 9800, alterando o conjunto ótico e detalhes, mas nada que descaracterize o veículo. A cabine continuará em alumínio, com os rebites que fazem seu estilo. O parabrisa continuará dividido. Ainda no primeiro semestre chega uma opção de motor ISM com 440 cv, que seguirá ao lado do atual, com 420 cv. A cabine receberá um novo pacote de conforto, com ajuste de suspensão dianteira, suspensão da cabine e coxinização.

Chão de fábrica 
Ebeling faz questão de ressaltar que tudo o que virá de novidade tem a finalidade de reforçar o portfólio e que os produtos atuais serão mantidos, com avanços. A fábrica de Canoas está focada em um processo de localização de componentes e processos. Atualmente, o DuraStar já atinge 65% e o 9800 chega a 70%. Segundo o presidente, “é preciso aumentar um pouco para ter margem em caso de flutuações.”
Uma das soluções elaboradas diz respeito à cabine DuraStar, que atualmente chega importada completa. “Agora, virá pintada, mas não pronta. Com isso, o imposto cai de 34%, como de um veículo inteiro, para 18%”. Guilherme Ebeling abre outras possibilidades para esse produto, como a oferta de crewcab ou um pacote com o implemento já instalado. E enxerga opções de aplicação na cana, em atividades de transbordo, comboio ou distribuidor de adubo, além de tomar o lugar do trator em alguns casos.
Uma importante alteração, ainda sob análise é a possibilidade da International montar em Canoas uma linha de pintura para o 9800. “A decisão é delicada, por que não existe estação parcial de pintura. Ou faz ou não faz. E uma linha simples custa em torno de US$ 30 mi”, diz. A grande vantagem é que o alumínio não tem corrosão e não precisa de todos aqueles banhos. “Nesse caso, para o 9800 ficaria em 10% disso, cerca de US$ 3 mi”.  Entre os prós, está a vantagem da solução indicada para baixos volumes e, como argumento contra, fica o custo unitário pouco maior.
Como apoio ao cliente, o presidente promete a criação do Banco Navistar, uma associação com Banco DLL, que já atende marcas como Agco e Komatsu. A montadora pretende dar atenção especial a pequenos e médios operadores e, nesse caso, a análise de crédito ficaria a cargo do braço financeiro. 
FONTE: Transpoonline 
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