Facchini

Obras emergenciais liberam tráfego de caminhões de soja na BR-163

Obras emergenciais estão sendo feitas na BR-163, no Estado do Pará, para liberar o tráfego na rodovia, entre os km 537 e km 575. Próximo ao município de Itaituba, este trecho da estrada começou a ter problemas há duas semanas e, desde então, cerca de 2 mil veículos ficaram parados em atoleiros, a maior parte deles, caminhões que estavam transportando soja. Este é um dos problemas noticiados pelo Valor PRO ontem, sobre as dificuldades de escoamento da safra atual, em vista dos problemas climáticos.
Segundo comunicado da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), para amenizar o problema, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) solicitou ajuda do consórcio CEFF, que reúne as empresas CCM, EHL, FERFRANCO e França Simões, e é responsável por um lote da BR-163 ao lado da área com problemas. “Fizemos uma manutenção com prioridade nos pontos mais críticos. Realizamos alargamentos nos pontos estreitos, fizemos drenos e colocamos pedras nos pontos de baixo suporte”, disse o engenheiro Bruno Faria.
Os quilômetros que precisaram ser recuperados são de responsabilidade de empresa CBEMI, ultimo trecho da BR-163 antes de chegar ao município de Itaituba, onde fica o distrito de Miritituba. Esta rota é importante por permitir o escoamento dos grãos de Mato Grosso pelos portos da região Norte do país (Santarém e Belém-PA, e Santana-AP).
De acordo com o diretor executivo do Movimento Pró-Logística da Aprosoja, Edeon Vaz, o local fica muito escorregadio em dias chuvosos, já que o solo da região é composto de “silte”.  “Este tipo de terreno tem baixa capacidade de suporte, e quando molhado chega a impossibilitar o tráfego”, explicou.
Segundo análise dos engenheiros, o contexto pode piorar, considerando que as previsões meteorológicas indicam um período chuvoso que deve se estender até o mês de maio, neste ano.
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