A produção de caminhões foi o destaque no resultado da indústria em 2013, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade de veículos automotores teve expansão de 7,2% no ano, enquanto a categoria de bens de capital subiu 13,3%, ambos puxados pelo aumento na fabricação de caminhões. Em 2013, a produção da indústria em geral aumentou 1,2%.
"O destaque positivo vai aparecer em bens de capital voltados para transporte. Embora nos últimos meses a gente tenha percebido redução no ritmo de produção, esse segmento é o que lidera", apontou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. Segundo o pesquisador, houve contribuição das taxas de juros mais baixas praticadas pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, mas também da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
"Todos os segmentos de bens de capital mostraram taxas positivas em 2013 em relação a 2012. Mas, em termos de contribuição para o crescimento mais expressivo da categoria, pesou mais a parte ligada a equipamentos de transporte, no caso os caminhões, depois a parte de agrícola", explicou Macedo. "O PSI está por trás de todo esse movimento. E você
tem redução de IPI e taxa de juros mais baixa que também ajudam esse comportamento para esse segmento de bens de capital", acrescentou. A produção de bens de capital registrou expansão de 9,3% no primeiro trimestre de 2013. A alta chegou a 17,8% no segundo trimestre, seguida por aumento de 15,6% no terceiro trimestre. No quarto trimestre, houve nova desaceleração, com crescimento de 10,5%.
"O que tem diferente é o comportamento na margem para os caminhões. Eles têm queda em novembro e mais acentuadamente em dezembro, o que explica muito a categoria de bens de capital nesses dois meses ter mostrado uma perda de 14,7%", afirmou o gerente do IBGE. Na passagem de novembro para dezembro, a atividade de veículos automotores, que inclui os caminhões, registrou recuo de 17,5%, a maior queda desde janeiro de 2012, quando tinha caído 29,3%.
FONTE: Estadão