O ano de 2013 foi o melhor da Scania em seus 56 anos de Brasil. A fabricante de origem sueca bateu recorde de emplacamentos no País, com 19,6 mil caminhões pesados e semipesados e 1,1 mil chassis de ônibus rodoviários e urbanos. Foi a empresa que obteve o maior incremento de emplacamentos no mercado total de caminhões, com alta de 77,8% sobre o volume vendido em 2012 e ganho de participação de 4,7 pontos porcentuais, passando de uma fatia de 8% para 12,7%.
No segmento de caminhões pesados, a Scania foi líder absoluta com 17,9 mil unidades licenciadas, alta de 81% na comparação anual, e market share de 32%. E no de semipesados, foi a que mais avançou, 51%, para 1,7 mil unidades e 3,6% de participação.
A fórmula do sucesso? Conquistar clientes novos e fidelizar os atuais frotistas atendidos, como define Eronildo Santos, diretor de vendas de veículos da Scania do Brasil. No ano passado, 70% das vendas da empresa vieram de novos consumidores da marca, a maioria compradores do caminhão R 440, que foi o mais emplacado da indústria, com 10,5 mil unidades.
Durante reunião com a imprensa na sexta-feira, 7, Santos explicou que diversos fatores contribuíram para um 2013 excepcional. Dentre eles, o avanço do agronegócio, que repercutiu diretamente no aumento do consumo das famílias e na necessidade de maior transporte de carga; as regras claras do Finame PSI, linha do BNDES que financiou 97% dos negócios da Scania; e o fato de a marca ter sido a primeira a vender modelos Euro 5 no País, o que valorizou seus produtos.
“O cenário de 2013 foi tão positivo que o Brasil tornou-se o principal mercado para a venda de caminhões, chassis de ônibus e peças da Scania no mundo todo. Responde hoje por 27% dos negócios globais da empresa e por 33% na América Latina”, enfatizou o diretor.
Mas o que fez a Scania avançar em todos os segmentos em que atua e ainda mais do que as concorrentes, no ponto de vista do executivo, foi o seu novo conceito de produtos e serviços integrados, oferecido com mais intensidade desde meados do ano passado (leia aqui). “Focamos nas vendas de soluções de serviços e não mais de peças isoladas. O transportador depende cada vez mais de programas de manutenção, de diagnose mais ágil, não pode deixar seu caminhão parado nas concessionárias. A Scania vem se destacando justamente por oferecer soluções que proporcionam economia superior de combustível, produtividade, rentabilidade e baixo custo operacional”, comentou Fabio Souza, diretor de vendas de serviços da Scania do Brasil.
Como resultado, não só as vendas de produtos cresceram em 2013 em relação a 2012, mas também as de peças (13%) e de programas de manutenção (63%). Segundo Souza, no ano passado, 90% dos funcionários da rede foram treinados e sete novas concessionárias foram inauguradas, chegando a um total de 112 pontos de venda no País.
2014
Para este ano, a Scania acredita que o mercado total de caminhões ficará muito próximo do que foi em 2013, com 154 mil unidades vendidas. O desempenho, de acordo com Santos, acompanhará a estabilidade: “Com a taxa do Finame já definida, o que ajuda muito, acreditamos que as vendas de pesados da Scania ficarão no mesmo patamar de 17 mil unidades. As de semipesados deverão crescer um pouco mais, para algo em torno de 2 mil a 3 mil unidades, o que nos permitirá atingir market share de 10% neste segmento nos próximos cinco anos. Só temos motivos para comemorar de 2013 e mantermos os pés no chão, porque se nossos negócios ficarem neste nível já estará muito bom.”
Para o mercado de ônibus, Santos espera avanço desde que saiam as licitações de BRTs para Copa do Mundo e que sejam anunciados novos investimentos em mobilidade urbana. Dos 32 mil chassis vendidos no Brasil em 2013, 1,1 mil foram Scania (4,6% do mercado), o que representa 100 unidades a mais licenciadas do que em 2012.
De acordo com as expectativas do Souza, com o mesmo foco em produto e serviço integrado, este ano a marca deverá registrar 40% de alta nas vendas de programas de manutenção e de 25% nas de peças. A Scania promete investir R$ 130 milhões até 2015 para aumentar de 112 para 133 o número de concessionárias no País.
FONTE: Automotive Business