Facchini

Medo de estrada alagada faz caminhões interromperem viagem para Rio Branco

Um grupo de 17 caminhoneiros interrompeu no último sábado a viagem que faria em direção ao Acre devido à cheia do rio Madeira. Eles alegam falta de condições de segurança para trafegar na única rodovia que liga o Acre ao resto do país, a BR-364.
A estrada tem cinco trechos inundados, mas a PRF (Polícia Rodoviária Federal) diz que é seguro transitar por ela.
Os caminhões, que carregam trigo, cimento, açúcar e outros produtos, estão parados em um posto de combustível em Candeias do Jamari (a 25 km de Porto Velho, em Rondônia). A previsão era desembarcar as mercadorias no domingo, em Rio Branco, 500 km adiante.
"Estamos esperando para saber qual o destino que daremos às cargas. Aqui parados a gente só tem prejuízo, mas ninguém vai arriscar um prejuízo maior enfrentando uma estrada que está alagada e sem condições para trafegar", diz Fredson Nazareno, motorista de um caminhão carregado com 39 toneladas de açúcar.
Uma alternativa é fazer o transporte da carga em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) --desde a semana passada, duas aeronaves levam gêneros alimentícios de Porto Velho para Rio Branco, com seis voos diários, em média.
Mas, para isso, os caminhoneiros precisam concordar em desembarcar a carga na Base Aérea de Porto Velho, o que levaria à perda de parte do valor do frete.
O grupo pretende, assim, aguardar uma possível vazante do rio Madeira até sexta-feira antes de tomar uma decisão sobre o destino das mercadorias.
Segundo o coordenador da Defesa Civil do Acre, coronel Carlos Gundim, há quatro militares atuando em Porto Velho para agilizar o envio das mercadorias. "No caso de alimentos e outros produtos de consumo, a ordem é embarcar nos aviões na Força Aérea", diz.
Um dos pontos críticos da rodovia BR-364 está na altura do km 177. A lâmina d'água sobre o asfalto atingiu 90 cm no local, e apenas um sentido da pista está liberado para o tráfego.
"Não vamos obrigar ninguém a pegar a estrada, mas, apesar das limitações, o tráfego está fluindo. Existem condições de segurança, caso contrário já teríamos fechado a rodovia", afirma o inspetor João Bosco Ribeiro, da PRF em Rondônia. 
FONTE: Rondonoticias 
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