Os R$ 300 milhões investidos para a construção da fábrica da Sinotruk em Lages, SC, virão 100% de investidores nacionais. Ao contrário do acordado anteriormente caberá ao grupo chinês CNHTC apenas a cessão da tecnologia, das linhas de montagem e do direito de uso dos seus caminhões, dispensando pagamento de royalties.
O dinheiro do investimento sairá dos cofres da Elecsonic, representante brasileira que atualmente importa os caminhões da CNHTC com marca Sinotruk – esta operação, entretanto, será absorvida pela Sinotruk Brasil Truck Corporation assim que a habilitação ao Inovar-Auto como importadora for concedida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A estrutura e fatia de participação de cada investidor serão reveladas futuramente, explicou Wolfart. “Em algumas semanas o nosso diretor geral Joel Anderson convocará uma coletiva de imprensa para explicar melhor o projeto”.
Wolfart não descarta procurar o BNDES para pedir linhas de financiamento com juros subsidiados, assim como os bancos de fomento catarinenses deverão contribuir com crédito.
Na primeira fase do projeto a fábrica terá capacidade para produzir até 5 mil caminhões em regime CKD em três anos – a produção deverá começar em 2016. “No primeiro ano sairão cerca de 1 mil a 1,5 mil unidades. Depois vamos crescendo gradativamente até em 2019 chegarmos às 5 mil unidades e, a partir daí, intensificaremos o processo de nacionalização para produzir até 8 mil unidades com mais de 65% de peças locais e atender ao Inovar-Auto”.
Por enquanto a Sinotruk trabalha apenas com importações. Wolfart disse que a expectativa é comercializar de 750 a 800 caminhões isentos de IPI majorado nos 24 pontos de vendas ativos da marca, espalhados por todas as regiões do País. “Chegaremos a quarenta revendas até o fim de 2015. Procuramos parceiros especialmente na Grande São Paulo, onde ainda não estamos presentes”.
FONTE: Autodata