Até a segunda-feira, 14, os emplacamentos de veículos leves e pesados somaram 141 mil unidades, segundo números de licenciamentos do Renavam repassados a Automotive Business pela consultoria Carcon Automotive. O resultado parcial da primeira metade do mês representou aumento expressivo da média diária de emplacamentos, para 14,1 mil, contra 12,7 mil em cada um dos 19 dias úteis de março passado. Apesar do ritmo mais aquecido, não será suficiente para reverter uma queda projetada em torno de 5% nas vendas no primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2013.
“Se esse ritmo for mantido, abril fecha com 290 mil veículos emplacados, o que significará alta de 20% sobre março (240,8 mil unidades), que teve vendas fracas por causa do carnaval logo no início do mês, quando a média diária de emplacamentos atingiu apenas 11,5 mil nos 10 primeiros dias”, analisa o consultor Julian Semple, da Carcon. Caso o número se confirme, os emplacamentos de abril serão 13% menores do que os 333,7 mil anotados no mesmo mês do ano passado, em linha com o movimento que já havia sido notado na primeira semana de abril (leia aqui).
No acumulado dos primeiros quatro meses de 2014, o ritmo atual de vendas aponta para a soma projetada de 1,1 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus vendidos, em queda de 5,2% sobre idêntico intervalo de 2013, quando os licenciamentos chegaram a 1,16 milhão.
FAZENDA OUVE ANFAVEA
No fim da tarde da terça-feira, 15, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou o presidente da Anfavea, Luiz Moan, para uma reunião no escritório do Ministério em São Paulo. Não foi divulgada a pauta do encontro. Moan, que estava em Resende (RJ), na inauguração da fábrica da Nissan (leia aqui), deveria embarcar para Brasília, para cumprir outros compromissos na agenda, quando recebeu a convocação da Fazenda e seguiu para São Paulo. A princípio, a reunião estava marcada para 16h, mas o horário foi alterado para 18h, para que Mantega pudesse encontrar o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges.
No cenário de queda das vendas, as montadoras devem aumentar a pressão em favor da manutenção dos atuais níveis reduzidos de IPI. O imposto estava previsto para voltar a subir aos padrões usuais em julho próximo, o que poderá provocar elevação de preços e aprofundamento da retração do mercado.
FONTE: Automotive Business