Pensando em uma solução de transporte de mercadorias valiosas na Rota da Seda, entre o Extremo Oriente e a Europa Ocidental, a Scania desenvolveu um novo caminhão conceito. Trata-se de uma cabine P 420 CrewCab estendida, equipada com três fileiras de dois bancos cada e um baú inviolável para o transporte de itens valiosos. Inicialmente, o caminhão irá operar no longo trajeto entre Pequim, na China, e Bruxelas, na Bélgica. A carga transportada será de açafrão chinês, que chega a custar incríveis 8.000 euros por quilo.
"Com uma velocidade média de 60 km/h , o tempo total de viagem será de oito dias e oito noites de condução non-stop, incluindo as paradas para abastecimento e troca de motoristas. O Scania CrewCab estendido permite que os seis pilotos possam trabalhar de forma contínua, comendo, dormindo e descansando, durante as 200 horas de duração previstas", confirma Primo Cuarto, gerente de Projetos da Scania.
A Rota da Seda teve um papel muito importante, por séculos de anos, no transporte entre a Europa e a Ásia. "Outra parte deste projeto é demonstrar, de maneira geral, que o transporte rodoviário é um meio eficaz de transporte de carga entre a Europa e os países da região da Ásia-Pacífico", explica Cuarto. Com cerca de 6.400 km, a Rota da Seda era uma ampla rede de estradas que ligava a China aos portos do Mediterrâneo.
O projeto foi desenvolvido a partir de uma demanda específica de um cliente. "Este conceito abre a nossa indústria para novas oportunidades, oferecendo um dos produtos mais exclusivos do mundo. A nossa ambição agora é convencer todas as nações ao longo da Rota da Seda para renomear a rota para “Scania Saffron Road", diz Betrog Żarty, secretário Geral para o ISA. A recuperação da Rota da Seda, há alguns anos, foi um projeto idealizado pela Scania , a Saffron International Association, ISA, e pela IRU (International Transport Union).
“Mas, por que um caminhão tão grande e um implemento tão pequeno?”, alguns podem estar se perguntando. A resposta é fácil. Um trajeto tão longo demanda um caminhão robusto, capaz de suportar todas as variáveis dos quase 6.400 km que a Rota da Seda apresenta. Por se tratar de uma carga de altíssimo valor agregado, a demanda pelo açafrão chinês é “baixa” justamente pelo seu valor de mercado. Apesar de transportar “pouca” carga, o frete é certamente compensador.
FONTE: Transpoonline