As vendas de caminhões no País, ainda que distantes daquelas de 2013, estão confirmando retomada em abril. De acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData até a segunda-feira, 22, foram emplacadas 7 mil 437 unidades do segmento – o período corresponde a 14 dias úteis.
Com isso, pelo menos até agora, o mês registra a melhor média diária em vendas de 2014, com 531 unidades. No total de janeiro o índice foi de 493 unidades/dia, em fevereiro de 523 e março, o mais fraco do ano, 467 – a evolução no comparativo mensal, portanto, até o momento é de 14%.
Caso mantido este ritmo até o fim do período o mês deverá fechar por volta de 10,5 mil unidades emplacadas, ainda assim bem abaixo de abril de 2013, de 14 mil caminhões vendidos de acordo com os números da Fenabrave. A retração, portanto, seria de representativos 25% no comparativo anual – abril de 2013 fechou com o melhor volume em vendas de caminhões para o mês da história, auxiliado por taxa de juros do Finame PSI de 3% ao ano.
Existe ainda a possibilidade de abril fechar como o melhor mês em vendas de caminhões em 2014, título que por enquanto pertence a janeiro, com 10 mil 841 unidades emplacadas em 22 dias úteis. Para isso a média diária precisaria evoluir levemente, para a faixa de 543 unidades – restam mais seis dias úteis para a totalização completa do mês, que terá vinte dias úteis assim como fevereiro e março.
Simplificou
Na quarta-feira, 16, o BNDES publicou circular oficializando o retorno da operação simplificada para o PSI Finame, o que ajudará o mercado de caminhões e ônibus, atendendo assim pleito das montadoras, da Anfavea e outras associações do segmento, como a Anfir. O banco estatal, entretanto, estabeleceu que apenas as operações realizadas a partir de 1º. de abril podem utilizar este recurso – a única exceção são aquelas processadas de 24 a 31 de janeiro.
É possível, desta forma, que pedidos de financiamentos pela linha PSI realizados em fevereiro e março e ainda não atendidos sejam reencaminhados a partir de agora, o que pode embaralhar os resultados de venda por mais algum tempo até completa estabilização do quadro. É certo, porém, que todas as liberações ocorridas até agora, portanto, são relativas às operações convencionais, única opção vigente desde o começo do ano, que demandam período de cerca de 60 dias. A reação do mercado em abril, portanto, ainda está ligada a este represamento dos pedidos de crédito no primeiro trimestre e não ao retorno da operação simplificada.
A PAC simplificada
ainda que na Circular do BNDES esta seja considerada como exceção – deve reduzir fortemente o prazo de liberação dos recursos, o que tende a representar maior fôlego para as vendas de caminhões e ônibus a partir de maio.
FONTE: Auto Data