O trecho que ficou mais de 60 dias debaixo d’água na BR-364, em Rondônia, possui vários pontos onde estão se formando atoleiros. Com a chegada do feriado prolongado de Páscoa e Tiradentes, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) alerta para que o tráfego naquela região seja cauteloso, e que somente sigam rumo ao Acre os motoristas em situações de extrema necessidade. Desde o começo do mês de abril em baixa, o nível do Rio Madeira marca já marca 18,55 metros, nesta quinta-feira (17), segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
Em entrevista ao Bom Dia Amazônia desta quinta, o inspetor da PRF João Bosco Ribeiro afirmou que equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) estão no local para realizar a manutenção da via, que ficou bastante danificada por conta da maior cheia do Rio Madeira, que já dura quase três meses.
Em Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho distante cerca de 90 quilômetros, uma equipe já trabalha na recuperação da pista da rodovia federal. Em outro ponto à frente, no quilômetro 861, na região de Palmeiral, onde foi registrado um dos principais pontos críticos da enchente, um atoleiro de cerca de 30 metros já foi recuperado pelo Dnit. Entre os quilômetros 880 e 882, o asfalto da rodovia, segundo a PRF, apresenta grande dano, mas maquinários do Dnit já estão no local para recuperar a pista e auxiliar motoristas que estiverem na região. Neste ponto, apenas caminhões e caminhonetes conseguem trafegar com facilidade. Caminhões cegonha, ônibus e carros pequenos continuam com o acesso impedido.
“Mas acreditamos que, com esse trabalho que está sendo feito pelo Dnit, que deve fazer [a recuperação] até na sexta-feira [18], volte ao normal o trânsito, dentro de uma condição aceitável, até na segunda-feira [21]”, afirma Ribeiro.
BR-425
A situação da BR-425, que liga Guajará-Mirim à BR-364 e foi fechada para o tráfego em fevereiro, continua crítica, conforme explicou o inspetor da PRF. O tráfego naquela região continua suspenso, mesmo com a baixa do Rio Madeira. “Lá ainda continua alagado e a BR [425] está bem danificada, então precisa esperar secar aquele trecho para dar condições de trânsito”, explica Ribeiro. Por conta disso, o acesso à região continua sendo feito pelo desvio construído no início da cheia e pela Estrada Parque, aberta após anos de impasses judiciais.
FONTE: G1