O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá registrou, no primeiro trimestre do ano, aumento de 20% na movimentação dos granéis, em relação ao mesmo período de 2013. De janeiro a março de 2014, o volume de grãos exportado – soja, milho e farelo de soja – foi de aproximadamente 4 milhões de toneladas.
Considerando apenas a soja em grão, no primeiro trimestre, foram exportados 2,5 milhões de toneladas, volume 144% maior que o registrado no período, no ano passado. Já o farelo, foram 835,2 mil toneladas exportadas e, de milho, pouco mais de 500 mil.
“Considerando a produtividade que temos alcançado nestes primeiros meses do ano, acredito que passaremos das 17 milhões de toneladas de grãos previstas para este ano”, comenta o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.
Segundo ele, a quantidade de caminhões que chega para descarregar grãos no Porto de Paranaguá também aumentou: está 25% maior do que o que se registrou no primeiro trimestre de 2013. “Nesse primeiro trimestre, recebemos quase 100 mil caminhões no Pátio Público de Triagem. Apesar desse total representar mais de 25 mil caminhões a mais do que foi recebido no período, no ano passado, continuamos sem registro de filas ou transtornos nos acessos ao Porto, graças ao trabalho em conjunto com os operadores portuários”, afirma.
CAMPO
As melhorias que o Porto vem aplicando na infraestrutura nesta ponta têm gerado reflexos no setor produtivo. Pedro Favoretto, 26 anos, é atualmente o maior produtor individual de soja no Paraná – em uma área de dez mil hectares plantados com o produto, colheu 600 mil sacas, cerca de 36 mil toneladas. Ele confirma o avanço.
“Há dois anos, víamos filas quilométricas que faziam aumentar, e muito, o custo do frete. Hoje não ouvimos mais ninguém dizer que ficou parado na estrada. O controle do fluxo dos caminhões e outras ações desenvolvidas pelo Porto fez melhorar”, comenta o produtor.
Favoretto, que está com o milho safrinha já plantado – esperando para colher cerca de 70 mil toneladas do produto, já com seis mil toneladas vendidas para tradings – espera poder contar com ainda mais melhorias.
“Falo em termos de logística, de armazenagem, de toda a cadeia do escoamento das nossas safras: está melhorando, sim, mas acho que ainda podem ousar mais, como o campo vem ousando, em tecnologia, por exemplo”, conclui.
MELHORIAS
De acordo com o superintendente da Appa, entre as medidas que vêm sendo adotadas, nos últimos três anos, visando atender a demanda dos exportadores de soja, com qualidade, estão as mudanças operacionais, quanto às regras de atracação e carregamento; os ajustes no sistema de cadastramento e controle do fluxo de caminhões (Carga Online) e de controle e recebimento de cargas; as ações permanentes de comunicação com o campo e com os transportadores; a dragagem dos berços, da bacia de evolução e do canal de acesso do Porto de Paranaguá, onde três dragas trabalham ao mesmo tempo; e a compra de quatro novos carregadores de navios (shiploaders).
“Devemos ter, ainda este ano, um desses equipamentos instalado, modernizando e aumentando ainda mais a produtividade do carregamento dos grãos pelo Porto paranaense. Assim, estaremos cumprindo mais essa etapa do Programa de Governo do governador Beto Richa”, afirma Dividino.