O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC entregou na última sexta-feira (25) documento ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Mauro Borges, reivindicando a implementação do Programa Nacional de Renovação da Frota de Caminhões. O programa consiste na troca e reciclagem de veículos de grande porte com mais de 30 anos e em melhores condições de trabalho para os caminhoneiros. A reportagem foi ao ar na edição daquele mesmo dia do Seu Jornal, da TVT.
Segundo o documento, para que o projeto seja viabilizado, o governo federal precisa autorizar benefícios, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a criação de regras menos rígidas de financiamento dos novos caminhões. O diretor do sindicato Valter Sanches afirma que a implementação do programa é emergencial. "Estamos tendo empregos ameaçados em várias fábricas." Sanches aponta a queda do mercado interno e a paralisação das exportações para Argentina como principais causas.
A meta do sindicato e entidades do setor automotivo, como o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), é renovar 20% da frota a cada ano. “Trinta mil caminhões a mais por ano ajudaria muito neste momento em que vivemos, de pressão sobre o emprego”, aponta Sanches.
O Programa de Renovação de Frotas de Caminhão foi criado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em 1996, e tornou-se nacional em 2013, unificando as pautas do setor. Há dois anos o governo federal debate sua implementação.
Os metalúrgicos do ABC representam 80% dos trabalhadores do segmento no país e a região do ABC paulista é responsável por 55% do total da produção nacional de caminhões, com 61% das exportações.
FONTE: RBA