As caixas de câmbio que estão sendo introduzidas nos caminhões Volvo VM e Mercedes-Benz Atego 2430 são as mesmas que equipam os pesados FH e Axor 1933, respectivamente.
No caso da Volvo, a I-Shift está presente em mais de 90% dos caminhões FH que saem da linha de produção. “É uma transmissão que experimentou um sucesso espetacular em poucos anos”, destaca Álvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas da Volvo.“Decidimos equipar a linha VM com a caixa I-Shift porque os benefícios para a operação de transporte são enormes. O transportador, que já tinha aprovado a linha VM, agora tem ainda mais razões para escolher o caminhão”, observa Francisco Mendonça, gerente de caminhões VM do Grupo Volvo América Latina.
“A I-Shift do VM é de última geração, aplicável para praticamente todas as operações, seja em veículos de distribuição urbana, rodoviários ou fora de estrada”, ressalta Marco Mildenberg, engenheiro de planejamento de produto da Volvo. Com uma carcaça em alumínio que proporciona baixo peso e alta robustez, a caixa tem um gerenciamento de trocas de marchas controlado por um software específico para a linha VM.
A transmissão I-Shift está disponível para os seguintes modelos: VM 330cv 4x2 cavalo mecânico; VM 270 cv 4x2, 6x2 e 8x2 rígidos; VM 330 cv 4x2, 6x2 e 8x2 rígidos; VM 270 cv 6x4 e 8x4 rígidos; e VM 330 cv 6x4 e 8x4 rígidos.
Já no MB Atego 2430 o destaque vai para a caixa automatizada PowerShift de fabricação Mercedes-Benz, uma G-211 12K de 12 velocidades que traz três funções: EcoRoll (uma espécie de banguela eletrônica) que permite colocar o veículo em neutro de modo seguro, já que é executado sem a intervenção do motorista com intuito de reduzir o consumo de combustível; Power que permite fazer trocas de marchas em rotações mais elevadas para fazer ultrapassagens ou vencer aclives, otimizando o desempenho do veículo e função Manobra que limita o giro do veículo durante as manobras, otimizando, assim, o consumo de combustível. Essa caixa inteligente dispensa o pedal de embreagem e os anéis sincronizadores, o que resulta em menos itens de manutenção. Vale ressaltar que de série o Atego vai ser ofertado ao mercado com câmbio manual, Mercedes G-131 de 9 marchas do tipo H sobreposto, o que facilita o engate das marchas.
Qualquer que seja a escolha da caixa, manual ou automatizada, ela vai operar em conjunto com o motor, também de fabricação Mercedes-Benz, o OM-926 LA com potência de 286 cv. Esse motor ganhou mais torque, de 127,5 mkgf de 1 100 a 1 200 rpm, o que resulta em melhores acelerações e retomadas e menos trocas de marcha, o que também ajuda na relação economia de combustível. Segundo a Mercedes esse torque chega a ser cerca de 30% maior se comparado aos modelos da concorrência com potências inferiores a 300 cv.