A parcela de caminhões que chegaram ao Porto de Santos com hora agendada atingiu 95% em abril, segundo dados da Secretaria de Portos (SEP) divulgados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Em janeiro, quando a obrigação do agendamento foi implementada, esse porcentual era de 69%. A medida foi imposta como uma solução de curto prazo para acabar com as filas quilométricas de caminhões carregados com grãos nas estradas e acessos ao porto, como ocorreu no ano passado.
A SEP informou que em abril o plano de contingência não precisou ser acionado porque não houve congestionamentos de caminhões em direção ao Porto de Santos. O recorde histórico de movimento de caminhões ocorreu no dia 25 de março, com um total de 2.967 veículos.
O plano, proposto pelo Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) para Gestão do Escoamento da Safra e instituído em abril do ano passado por meio da Portaria n.º 231/2013, tem participação de autoridades públicas, terminais portuários e tradings do agronegócio. Entre as medidas estão o reforço do contingente da Polícia Militar Rodoviária de São Paulo, a abertura do Pátio Sumaré com capacidade para 350 caminhões por dia e a criação de uma central de monitoramento na Codesp.
A principal carga que passou pelos portos brasileiros em março e abril foi a soja. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), o País exportou em abril 8,25 milhões de toneladas do grão, ou 15,3% a mais que no mesmo mês de 2013. Em março foram 6,22 milhões de toneladas, o que significa uma alta de 76,2% ante igual período do ano passado. Entre janeiro e abril deste ano foram destinadas ao mercado internacional 17,29 milhões de toneladas do produto, alta de 48,6%.
No Porto de Santos foram embarcadas no primeiro trimestre (dado mais atual) 3,4 milhões de toneladas de soja, alta de 56,6% sobre o mesmo intervalo de tempo de 2013. A previsão é de sejam exportadas por Santos 45,29 milhões de toneladas de soja das 86,08 milhões de toneladas produzidas no Brasil durante a safra 2013/2014.
FONTE: Globo Rural