A Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) divulgou ontem, 5 de junho, o desempenho das empresas do setor de janeiro a maio deste ano. No segmento pesado (reboques e semirreboques) foram comercializadas 24.090 unidades, queda de 8,82% frente ao mesmo período de 2013 (26.419 implementos). Houve retração também na venda de equipamentos leves (carroceria sobre chassis), 5,74%. Nos cinco primeiros meses de 2014 foram disponibilizados no mercado 40.103 itens, contra 42.547 registrados no mesmo período do ano anterior. Ao todo, o desempenho do setor de janeiro a maio de 2014 foi 6,92% abaixo daquele computado nos cinco primeiros meses de 2013.
Segundo o presidente da Anfir, Alcides Braga, a sequência de resultados negativos preocupa a indústria, que não vê sinais de qualquer recuperação a despeito de todo o apoio oferecido pelo governo federal. “Os resultados que podem ser obtidos no ambiente dos atuais programas de incentivo estão chegando ao limite. E a indústria é quase em sua totalidade dependente deles”, afirma.
O resultado de janeiro a maio, em comparação com o total registrado de janeiro a abril de 2014 (queda de 9,1%) poderia indicar que houve alguma melhora. Porém, a associação considera que os números não representam retomada na atividade industrial do setor.
De acordo com a instituição, a produção industrial brasileira diminuiu 0,3% em abril, em comparação com o mês anterior. Em março, a produção caiu 0,5% sobre fevereiro. E comparando com abril de 2013, a produção industrial brasileira recuou 5,8%. Para o diretor-executivo da Anfir, Mario Rinaldi, tudo leva a crer que foi resultado da melhora no fluxo de liberações de processos de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), após pedido encaminhado pela própria entidade. “Como havia um volume elevado de produtos prontos aguardando a liberação, o faturamento deve ter ocorrido de forma simultânea à liberação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), gerando um bom número, mas que pode ser artificial”, diz.
FONTE: Tecnologística