Com a queda de 6,92% das vendas de implementos rodoviários entre janeiro e maio deste ano na comparação com igual período de 2013, a Anfir, associação que reúne as fabricantes do setor, demonstra em comunicado divulgado na quinta-feira, 5, sua preocupação com a indústria e informa não ver sinais de qualquer recuperação do setor, mesmo com todo os incentivos oferecidos pelo governo.
“Os resultados que podem ser obtidos no ambiente dos atuais programas de incentivo estão chegando ao limite. E a indústria é quase em sua totalidade dependente deles”, afirma em nota Alcides Braga, presidente da Anfir.
Com relação à queda do acumulado até maio, esta foi menor que a registrada no acumulado imediatamente anterior, entre janeiro e abril, quando o mercado de implementos recuou 9,1% contra mesmo período do ano passado, o que poderia indicar algum cenário de melhora. Entretanto, a Anfir rejeita que este seja um fato positivo ou que represente uma retomada.
Segundo a entidade, citando dados do IBGE, a produção industrial nacional diminuiu 0,3% em abril na comparação com março, que por sua vez registrou queda de 0,5% sobre fevereiro. Contra abril de 2013, o recuo é de 5,8%.
“Tudo leva a crer que foi resultado da melhora no fluxo de liberações de processos de financiamento pelo BNDES, após pedido encaminhado pela própria Anfir”, considera Mario Rinaldi, diretor executivo da entidade. Ele acrescenta que como havia um volume elevado de produtos aguardando liberação, o faturamento deve ter ocorrido de forma simultânea à liberação do PSI, gerando um bom número, “mas que pode ser artificial”, pondera.
NÚMEROS LEVES E PESADOS
A maior retração registrada pela Anfir continua no segmento de pesados (reboques e semirreboques): nos primeiros cinco meses do ano , seus emplacamentos foram 8,82% menores que o apurado em igual período do ano passado, para um total de 24.090 unidades.
Já o segmento leve (carroceria sobre chassi) anotou redução de 5,74%, para 40.103 unidades.
- Veja aqui as estatísticas da Anfir.
FONTE: Automotive Business
