Facchini

Faturamento da Randon recua 9% no semestre

O baixo crescimento econômico e consequente queda nas vendas de caminhões afetou negativamente o desempenho das Empresas Randon. Considerando os dados do primeiro semestre divulgados pela empresa, o faturamento bruto apresentou retração de 9% contra igual período do ano passado, ao atingir R$ 2,9 bilhões, enquanto a receita líquida caiu 2,6%, para R$ 2 bilhões. O balanço mostra ainda que na mesma comparação, as exportações foram 13,5% menores, fechando em US$ 101,6 milhões.
Por outro lado, o lucro bruto cresceu 6,6% no primeiro semestre, consolidado em R$ 522,8 milhões contra os R$ 490,2 milhões registrados há um ano. A margem bruta ficou em 26,4%, um aumento de 2,3 pontos porcentuais sobre a margem registrada no primeiro semestre do ano passado.
Sobre os índices negativos, o diretor financeiro e de relações com investidores da Randon, Geraldo Santa Catarina, aponta que as dificuldades de financiamentos no primeiro trimestre também influenciaram parte das vendas do segundo trimestre: 
“A demanda enfraquecida do setor automotivo, as expectativas quanto às eleições e as previsões pessimistas pesaram no fôlego do crescimento econômico do País”, observou. 
Durante o primeiro semestre, para se adequar aos baixos volumes de vendas e ao ritmo de produção das montadoras de caminhões e equipamentos para o transporte, as Empresas Randon também adotaram férias seletivas e folgas para os funcionários em feriados prolongados. 

NOVAS PROJEÇÕES
Com o resultado, a Randon revisou para baixo parte de suas projeções do balanço financeiro para o ano. 
“A expectativa é que a demanda siga fragilizada nos próximos trimestres”, projeta o executivo, mesmo considerando as iniciativas governamentais como o retorno do programa Reintegra, a decisão de tornar permanente o IPI zero para caminhões e ônibus e a prorrogação do Finame PSI com a taxa atual até 2015, embora ainda não haja definição quanto às condições da verba destinada. 
O faturamento bruto deve encerrar o ano em R$ 5,4 bilhões contra R$ 6,3 bilhões projetados anteriormente. Igualmente, o faturamento líquido passou de R$ 4,4 bilhões para R$ 4 bilhões, de acordo com as novas previsões da Randon. As exportações foram alteradas de US$ 260 milhões para US$ 210 milhões, enquanto as importações devem somar US$ 85 milhões – antes, projetava-se US$ 110 milhões. 
Os investimentos previstos para o ano bem como o faturamento gerado no exterior permanecem inalterados, em R$ 150 milhões e US$ 90 milhões, respectivamente.
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