RER Parts

MB Actros 4844 k 8x4

Nos últimos anos a marca Mercedes-Benz vem destacando todo seu vigor como fabricante de veículos comerciais, sobretudo em 2012, quando mostrou seu potencial evolutivo com a apresentação das gerações de suas gamas Accelo, Atego, Atron, Axor e Actros (algumas já renovadas na Europa). 
O Actros é a série Premium da marca e dispõe de versões para os segmentos rodoviário e fora de estrada, este, desde 1996, quando foi lançado na Europa, incomoda a concorrência devido a sua robustez e ao nível de equipamentos que traz de série.
Quando esse caminhão, na versão fora de estrada, chegou ao Brasil chamou a atenção de muitos empresários, já que se tratava de um veículo moderno e forte para atuar em situações extremas e, além disso, trazia consigo inúmeras opções de potência, entre-eixo, câmbio, configurados conforme a área em que atuaria dentro do off-road, identificados pelos sobrenomes P (plataforma), K (caçamba) e B (betoneira) para que o cliente elegesse o mais adequado a sua operação – diferenciais do mercado na época. 
A partir de 2012 a gama foi totalmente renovada em relação ao que era oferecido no Brasil, mantendo os mesmos atributos. Agora oferecendo muito mais ao cliente, pois, para atender a nova norma de emissões de poluentes, a Proconve fase P7, ganhou um motor mais limpo, nova caixa automatizada de segunda geração e novos equipamentos de segurança.
Para saber como ficou o Actros off-road, fomos para uma pedreira com o modelo-desejo no negócio com caçamba, o Actros 4844 K 8x4. Ele foi eleito pela sua sólida imagem de caminhão forte e produtivo, tanto que é consolidado no mercado brasileiro, onde está presente desde 2008, estabelecendo uma nova referência no mercado de caminhões.
Trata-se de um modelo que tem PBT técnico (Peso Bruto Total) de 48 000 kg e CMT (Capacidade Máxima de Tração) de 123 000 kg. Por ter capacidade de carga líquida de 37 000 kg, dependendo do peso do implemento, permite a utilização de básculas com capacidade de até 20 m³.
A suspensão formada por molas parabólicas, amortecedores telescópicos de dupla ação e barras estabilizadoras colabora no conjunto da obra. Cada eixo das molas dianteiras suporta 9 000 kg e cada eixo das molas reforçadas da traseira suporta 16 000 kg, somando um conjunto de molas para 50 000 kg, suficientes para o perfil da operação em que o Actros 4844 K 8x4 vai atuar como pedreira, mineradoras, entre outras onde há a necessidade de robustez.
A suspensão dianteira possui um sistema de compensação de carga, reduzindo, assim, esforços no componente, oferecendo maior vida útil.
Seu predicado robusto também se deve ao redutor nos cubos e aos bloqueios transversal e longitudinal dos diferenciais traseiros, permitindo que o caminhão nunca perca a tração uniforme em todas as rodas, mesmo que em condições desfavoráveis. 
O propulsor adequado às operações off-roads é de fabricação Mercedes-Benz, o OM-501 LA de 6 cilindros em V. Sua potência é de 435 cv a 1 800 rpm e torque de 214 mkgf a 1 080 rpm.  Esse motor trabalha em conjunto com a segunda geração da transmissão Powershift, também produzida pela Mercedes. Trata-se da G 330, automatizada de 12 velocidades sem pedal de embreagem, que por ser mais inteligente possui um sistema chamado sensor de inclinação que elege a melhor marcha para o caminhão rodar conforme a inclinação da via.
Segundo a engenharia da marca da estrela, esses atributos do Actros possibilitam ao cliente ter o caminhão disponível 90% do tempo, parando apenas para as manutenções necessárias como trocas de óleo, filtros etc.
Faz parte do pacote off-road do Actros a embreagem dupla para suportar as demandas da atividade, sistema de direção com assistência hidráulica de duplo circuito, Top Brake (freio-motor Mercedes-Benz), freio eletrônico com ABS e ASR, retarder, bloqueio de deslocamento para partidas em rampas – tudo de série.
O caminhão ganhou distância de entre-eixos de 4 500 mm, 300 mm maior, permitindo a instalação de um tanque de combustível de 400 litros ou de uma báscula mais baixa.
Novidade para o sistema automático de compensação de carga dos eixos dianteiros, que permite remanejar a carga entre os eixos para evitar a sobrecarga em apenas um deles.
NA OPERAÇÃO
O caminhão foi avaliado pela revista TRANSPORTE MUNDIAL na Pedreira Santa Isabel, localizada no interior de São Paulo. Bem aceito por Dirceu Lemos, funcionário da pedreira há 18 anos, o caminhão chamou a sua atenção por ser equipado com transmissão automatizada e ter o mesmo nível de acabamento interno dos modelos estradeiros. “Não sinto que trabalho muitas horas, porque ele é automático, não preciso trocar de marchas ou ter que pisar na embreagem. Outro detalhe que me chamou a atenção é o alto nível de conforto, parecido a de um caminhão rodoviário, ele tem um ótimo banco, confortável e o ar-condicionado é essencial nesse negócio. Não preciso trabalhar com a janela aberta e respirar poeira”, explica o motorista.
Nem a rotina o deixa fadigado, já que durante todos os dias da semana, por 11 horas ininterruptas, Lemos sobe e desce as montanhas da pedreira com o caminhão carregado a uma velocidade que varia entre 30 km/h e 40 km/h. Lemos também destaca a segurança que o modelo oferece, graças a sua ampla área envidraçada.
A cada viagem dentro da Pedreira, o 4844 percorre uma distância de 2 km, de um canto a outro. E durante a jornada de 11 horas diárias, ele consome em média 8 litros por hora. 
Para a Pedreira Santa Isabel, o que mais despertou interesse no modelo é a capacidade de carga de 38 t, ou seja, 8 t a mais em relação aos outros modelos da frota, todos Randon capazes de carregar 30 t. A pedreira tem interesse em ampliar a frota com caminhões Mercedes-Benz, até para oferecer mais conforto aos motoristas, por isso, estuda também a possibilidade de entrar na compra um outro modelo da marca, o Axor 4144 6x4 com 4º eixo direcional.

CONCORRÊNCIA DE PESO
Não é arriscado escrever, mas a briga é bem acirrada entre os competidores desse segmento, sendo os principais representantes os suecos Scania G 480 8x4 e Volvo FMX 13 460 ou 500.
O Volvo 8x4 é indicado para operações em mineração, construção  e pedreiras, geralmente com caçambas sobre chassi, bombas de concreto e gruas, e na agricultura com
carrocerias para cana e madeira. O chassi produzido em aço de alta resistência, os eixos de tração de carcaça fundida e o grande vão livre do solo são destaques para esse perfil de atividade, assim como o cilindro de freios distante do solo e a cabine com suspensão em quatro pontos e amortecedores para atenuar vibrações. A Volvo oferece, ainda, a opção com I-shift acompanhada de uma consultoria de aplicação, já que dispõe de um software específico para aplicação off-road da caixa I-Shift, para adequá-la otimizando seus resultados. O FMX pode ser equipado com escada de inspeção de carga, tapetes de borracha com bordas altas para facilitar a limpeza; faróis de serviços que vão desde luzes no teto para iluminar o carregamento, até luzes de chassi e de aviso giroscópicas.
O Scania, o G 480 8x4, além de possuir potência equivalente ao do Actros, tem PBT técnico de 50 t.  A suspensão dianteira e a traseira possuem molas trapezoidais e sistema de leitura de peso dos eixos traseiros que pode ser acompanhado pelo motorista no painel de instrumento. O chassi possui longarinas e travessas de perfil “U” em chapas de aço estampado e profundidade constante e as travessas são rebitadas à alma das longarinas. A transmissão é a GRSO925R de 12 velocidades, duas 2 superlentas (crawler) e 1 overdrive. Trata-se de uma caixa adaptada para operações de construção pesada ou transportes de longo curso, em que o consumo de combustível deve ser otimizado. Esse modelo pode ser equipado com a transmissão na versão automatizada Opticruise, de fabricação Scania.

Nunca publique suas informações pessoais, como por exemplo, números de telefone, endereço, currículo etc. Propagandas, palavras de baixo calão, desrespeito ou ofensas não serão toleradas e autorizadas nos comentários.

NOTÍCIA ANTERIOR PRÓXIMA NOTÍCIA