O mercado já se prepara para um reajuste nos preços dos combustíveis. Alguns analistas de mercado ouvidos pelo Bem Paraná chegam a arriscar e preveem um aumento entre 15% e 20%. A medida é defendida como necessária para que a Petrobras recupere a capacidade de investimento, comprometida devido aos prejuizos bilionários resultado da desfasagem dos preços internacionais do petroóleo e da desvalorização do real.
“Independente de quem ganhe, não acredito que esta medida seja postergada. O governo atual não vai querer deixar a maior companhia brasileira com o maior prejuízo de sua história e, ganhado, não poderá empurrar ainda mais o realinhamento de preços”, argumenta o economista da Faculdades Estácio de Curitiba, Daniel Poit, ouvido pela reportagem na semana passada.
Já o econominista Gilmar Mendes, da FaeBussines School, é mais cauteloso. “O aumento de preços neste ano, ainda que necessário, só virá se o atual governo vencer. Do contrário, o reajuste deve ficar para o próximo governo que assume em janeiro”, afirma. Questionado sobre o patamar de reajuste, Mendes diz que prefere não arriscar uma vez que “essa é uma conta política”.
No último dia 15, o Credit Suisse divulgou um relatório que revelou que o preço da gasolina no mercado internacional está, em média, 1% mais baixo em outubro do que os valores no mercado brasileiro. Em 25 de setembro, os preços internacionais da gasolina estavam 24,3% acima dos preços no mercado doméstico.
Demanda — O aumento nos preços dos combustíveis no final do ano já é um movimento tradicional do mercado.
FONTE: Bem Paraná