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Condições do Finame PSI para 2015 saem até 21 de novembro

Até 21 de novembro a indústria de caminhões deverá conhecer as regras do Finame PSI para 2015. A expectativa é que sejam divulgadas tanto as taxas de juros vigentes no próximo exercício quanto as modalidades de operação da linha de financiamento do BNDES: simplificada, convencional ou ambas.
Luiz Carlos Moraes, vice-presidente da Anfavea, afirmou que o BNDES sinalizou, em reuniões com a associação, a divulgação das normas em até três semanas.
“Não nos antecipou, contudo, quais devem ser as novas condições. De todo modo o governo está sensível ao nosso pleito e compreendeu que o setor precisa de previsibilidade. O cliente tem que saber quais serão as regras para programar suas compras e a indústria também, para mensurar mercado, produção e contratos com fornecedores. O ideal seria ter as regras para 2016 também definidas.”
Segundo fontes ligadas à indústria as atuais taxas de juros de 6% devem passar a 8% em 2015. E em meio à indefinição o governo estendeu a vigência do Finame PSI deste ano: o prazo final para protocolar as fichas de financiamento, que era até 21 de novembro, foi prorrogado para 5 de dezembro.
“O modelo convencional saiu de operação, restando apenas o simplificado, que confere mais agilidade às negociações. Em determinadas circunstâncias é possível fazer inclusões até 12 de dezembro. O governo está atento em como o ano vai fechar e a nossa expectativa é de que acelere as decisões que impactarão no começo do ano que vem.”
De acordo com os números divulgados pela Anfavea quinta-feira, 6, as vendas de caminhões alcançaram 12 mil 172 unidades em outubro, baixa de 9,1% ante as 13 mil 391 no mesmo mês do ano passado. E por outro lado, alta de 8,6% frente aos 11 mil 210 licenciamentos em setembro.
No acumulado os emplacamentos de caminhões somam 111 mil 219 unidades, baixa de 13,4% em relação a 128 mil 488 no mesmo período do ano passado.
Na reta final de 2014, Moraes acredita que, mantido o ritmo de recuperação do mercado, o segmento de caminhões fechará o ano dentro das previsões da Anfavea, na faixa de 130 mil a 135 mil unidades.
O executivo também está confiante no anúncio do programa nacional de renovação de frota, que deverá surtir efeitos positivos no mercado no próximo ano:
“O Mdic apoia fortemente o programa. Em debate estão ajustes para os custos de financiamento com condições especiais e a concessão de crédito de R$ 30 mil ao proprietário de caminhão velho transformado em sucata para a compra de outro, de até dez anos de uso”.

Produção 
As linhas de caminhões aceleraram 5,2% em outubro na comparação com setembro, com a produção de 12 mil 394 unidades frente a 11 mil 786 no mês anterior.
A comparação com outubro do ano passado, por sua vez, é negativa é 32,4%, quando foram feitos 18 mil 323 caminhões.
No acumulado do ano a produção soma 124 mil 483 unidades, baixa de 24,6% sobre as 164 mil 989 em 2013.
As exportações seguem com comparativos negativos: no acumulado foram 15 mil 331 vendas ao Exterior, queda de 26% ante 20 mil 717 no ano passado. Em outubro foram 1 mil 389 embarques, decréscimo de 44,3% em relação aos 2 mil 494 do mesmo mês do ano passado.
FONTE: AutoData 
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