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Realista, Iveco vê crescimento tímido em 2015

Há quatro meses na Iveco, o novo diretor comercial Paulo Goddard aposta em uma previsão de mercado mais realista do que pessimista para 2015, conforme sua própria análise. Transferido da divisão de automóveis da Fiat para o Grupo CNH, o agora coordenador de estratégias de negócios para o segmento de caminhões espera por um horizonte menos árduo do que este ano e embora seja tímido, aposta em crescimento.
“O mercado deve fechar 2014 com 150 mil unidades, com uma fatia (para a Iveco) entre 8,5% a 9%. Considerando a conjuntura que se apresentou neste ano, imagino ser este um mercado ainda bom. Para 2015, projetamos um cenário em linha com este ano com a meta de crescer um ponto porcentual”, afirma. 
Nesta reta final do ano, a montadora confirma o movimento de antecipação de compra devido ao fim do prazo de contratos via Finame PSI simplificado válido até 21 deste mês, contudo avalia que o ritmo da procura é menos acelerada se comparada com igual período do ano passado, quando havia cenário semelhante e estava confirmado o fim da menor taxa de juros para financiamentos via PSI.
“Estamos confiantes de que o governo não vai deixar um cenário de insegurança: em dezembro deverá anunciar as condições para 2015. Com isso, acreditamos que o primeiro trimestre não será um período tão difícil quanto foram os primeiros três meses deste ano”, relata. 
Paulo também relembra a trajetória da Iveco, cuja participação dobrou entre 2006 e 2013. Sob sua supervisão, a estratégia atual de negócio será focada em reforçar o trabalho na rede de concessionária, hoje formada por 100 pontos de venda e que em 2015 seguirá sem planos de expansão. Para Goddard, o sucesso está na capilaridade e na diversificada gama de produtos.
“Neste momento, avaliamos que não é necessário expandir a rede porque já cobrimos todo o território nacional. Vale lembrar que a Iveco mantém a meta de ser uma montadora full line com o objetivo de oferecer o produto de acordo com a necessidade do cliente. Acabamos de lançar o Tector Economy: com ele, estamos entrando em um segmento importante e nosso produto traz o diferencial da economia de combustível. Vamos em busca de 10% de participação neste segmento de 15 toneladas, muito forte em centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba. Concentrar esforços no test drive é a forma de chegar nesse cliente”, aponta (leia aqui).
Ele também lembra que a chegada de novos integrantes da família Economy em 2015, que estreou com o novo Tector, deve garantir a manutenção das vendas nas demais categorias. “O novo motor do Tector Economy foi projetado exclusivamente para este modelo, mas o conceito de maior economia sem comprometer o desempenho pode evoluir para outras aplicações, como micro-ônibus.” 
Quem deve ditar o próximo passo é a segmentação do mercado e isso dependerá exclusivamente de cenários macroeconômicos. “A estabilidade da distribuição do comércio varejista, o agronegócio, indústria e demais atividades essenciais não devem apresentar nenhuma variação muito expressiva no ano que vem”, projeta. “Devemos seguir com o Daily (leve) como líder de nossos negócios; Vertis e Tector, nas categorias semipesado e médio, têm a segunda melhor colocação dentro de nossas vendas, enquanto o extrapesado Stralis tem tido uma boa aceitação no mercado.”

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