O crescente número de roubo de cargas, continua a trazer prejuízos bilionários ao país. Dados da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) afirmam que 82% dos roubos em rodovias do país foram registrados no Sudeste, se concentrando principalmente nos estados de São Paulo e Rio de janeiro, com 7.958 e 3.300 ocorrências respectivamente. O Paraná corresponde a pouco mais de 2%. Mesmo assim, os representantes de empresas ligadas ao transporte estimam que o prejuízo total com o roubo de cargas chegue a R$ 23 milhões neste ano.
Entre as mercadorias roubadas estão alimentos, cigarros, eletroeletrônicos, remédios, produtos químicos, têxteis e metalúrgicos, autopeças e combustíveis. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 21% dos veículos de carga furtados não são recuperados. “Apesar das estatísticas mostrarem que as ocorrências para este tipo de crime só vêm aumentando em todo o país ao longo dos anos, nada foi feito até agora para diminuir estes dados. Basta nos lembrarmos de uma lei nacional de 2006, chamada Lei Negromonte, que criou mecanismos para reprimir esses crimes. Infelizmente ela segue sem efeitos, porque ainda não foi regulamentada”, afirma Gilberto Antonio Cantú, presidente da Setcepar (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná).
Gilberto explica que recentemente foi regulamentada a Lei n.º 16.127 de 2009, que prevê a cassação da eficácia da inscrição junto ao cadastro de contribuintes do ICMS, dos estabelecimentos que forem flagrados comercializando, adquirindo, distribuindo, transportando, estocando ou revendendo produtos oriundos de cargas ilícitas, furtadas ou roubadas. Mas, entende que este é apenas o primeira passado, para ter uma situação de segurança nas estradas do país.
FONTE: Transporte Online