A insegurança para quem transporta produtos pelas rodovias tem feito os empresários do setor investir cada vez mais em tecnologia. O foco dos roubos está em um raio de 100 quilômetros no entorno da capital paulista, que inclui Jundiaí (SP), Campinas (SP) e Sorocaba (SP). Para evitar as perdas causadas pelos bandidos, até chips estão sendo usados e o preço deste investimento reflete no bolso do consumidor.
Só de janeiro a setembro desse ano, a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo registrou mais de 6 mil ataques a caminhões. Para evitar prejuízo as empresas do setor investem em escolta armada particular, gerenciamento de risco e tecnologia.
A transportadora de Rodrigo Zerbini investe 12% do faturamento em segurança. “Desde a célula de rastreamento à contratação de seguro, aos equipamentos que funcionam dentro deste processo. Tudo que esta agregado ao aparato de itens para fazer a segurança do transporte da carga”, diz Rodrigo.
Além dos rastreadores por satélite instalados nos caminhões, as empresas também monitoram os produtos. Em carregamentos de alto valor, dispositivos são colocados nas caixas. Eles emitem sinal de celular que permite a localização da carga em caso de roubo.
Normalmente, o equipamento é pequeno e pode ter várias formas de acordo com o carregamento. O sigilo é uma das exigências para a contratação do serviço. "Poucas pessoas sabem a sua localização dentro do embarcador e da própria transportadora. O motorista nem tem conhecimento da existência disso em sua carga", diz Paulo Rizo, diretor de uma empresa de segurança.
Com o local identificado, a polícia é avisada e faz a recuperação da carga. Em uma operação foram localizadas dezenas de caixas de produtos alimentícios em São Paulo (SP), que haviam sido roubadas.
O diretor da empresa fala que o chip é inteligente. Assim que as quadrilhas usam o bloqueador de sinal a central recebe a informação. “A marginalidade está sempre um passo à frente, mas nós estamos quebrando isso. A tecnlogia tem que estar um passo à frente", diz Thiago Iuga, diretor de empresa de monitoramento.
FONTE: Guia do TRC