A venda de arla 32 no País está aquém do esperado pelo mercado. A própria Petrobras admite. Em nota enviada à Carga Pesada em outubro, a assessoria da empresa afirmou que “há um distanciamento entre o consumo efetivo de arla 32 e o consumo projetado, considerando o volume de vendas de diesel realizado”. Rachel Risi Vianna Crespo, gerente de marketing de produto da Raízen, também confirma a informação.
Segundo a executiva, a comercialização do aditivo abaixo da expectativa se deve a alguns fatores. Um deles é são as adulterações feitas no produto e o uso do chip que faz o caminhão Euro 5 funcionar sem arla. Outra justificativa, de acordo com Rachel, é a retração no mercado de caminhões novos. Segundo a Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave), a queda é de 12% na comparação com 2013.
A gerente acredita que a tendência, a médio prazo, é de reversão desse quadro. “A fiscalização (pelo Ibama) vai aumentar. Adulterar o arla ou não usá-lo é crime ambiental”, destaca. Quando as vendas crescerem, o preço do produto deve cair. Outro fator que deverá contribuir para um preço mais competitivo é a venda do aditivo a granel . Por enquanto, segundo Rachel, apenas sete postos da rede Shell estão vendendo arla neste formato.
Em relação ao diesel S10, de acordo com a Raízen, o crescimento nas vendas está “dentro do esperado”. Segundo Rachel, o S10 já representa entre 25% e 30% de todo diesel vendido no País. Em relação ao preço ao consumidor, a gerente diz que as distribuidoras não podem “arbitrá-lo”. “A decisão é do revendedor. Ele tende a fazer isso com base na concorrência.”
FONTE: Carga Pesada