As venda de implementos rodoviários vêm apresentando um resultado muito aquém do esperado para 2014. Comparado ao período de janeiro a novembro do ano passado , as vendas recuaram 10,27%. O fato não chega ser surpresa para o setor que, em razão do fato de 2013 ter sido do melhor da história para o setor, com um crescimento muito elevado.
Em onze meses, 144 722 implementos foram entregues aos transportadores, contra 161 286 unidades no mesmo período do ano passado. No resultado anterior, o recuo havia sido de 10,97%. Na avaliação da Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), a redução no percentual de queda é tida como muito pequena para indicar uma reação do mercado.
O levantamento mensal do desempenho da indústria brasileira, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), indica que as perdas já atingiram 3% no ano, considerando a média de 24 segmentos industriais do país. Para a entidade, entre as razões para o fraco desempenho da indústria está a concorrência de produtos importados, somados a juros elevados, crédito restrito e consumidores pessimistas. A menor atividade industrial reflete diretamente na compra de caminhões e implementos.
A inclusão de implementos rodoviários no PSI/Finame é tida pela entidade como benéfica para o setor. “A definição das regras ainda este ano é importante para o mercado poder se programar, definindo melhor seus investimentos”, diz Mario Rinaldi, diretor Executivo da entidade.
O segmento de reboques e semirreboques (pesados) apresentou resultado negativo de 18,39% de janeiro a novembro de 2014. A indústria entregou no período 51 445 unidades, contra 63 038 produtos no mesmo período de 2013.
No segmento de carroceria sobre chassis (leve) a queda foi de 5,06%, ou seja, foram vendidos 93 277 produtos, ante 98 248 unidades no mesmo período do ano passado. As carrocerias leves são muito utilizadas para a distribuição de produtos em centros urbanos, entre outras atividade urbanas.
FONTE: Transporte Online