O ano de 2014 foi difícil para todo mundo. O mercado brasileiro de caminhões encolheu ao menos 12% na comparação com 2013. Mesmo assim, a Ford considera que há motivos para comemorar. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, a marca saiu de uma participação no mercado de 13,3% para 14,1%. É o que conta o gerente de Operações de Vendas da Ford Caminhões, Marcel Silva.
“Foi um ano turbulento, que começou com incertezas devido à demora para liberação do Finame e pelo desaquecimento econômico do País. A indústria passou por dificuldades. Mas, nós tivemos um ano positivo devido ao crescimento da nossa participação no mercado”, avalia. O sucesso nas vendas do 1119 ajudou a Ford a ganhar espaço. “Este produto foi rapidamente reconhecido como excelente opção pelo mercado de distribuição urbana”, declara.
De acordo com o gerente, o 1119 leva 700 quilos a mais de carga líquida na comparação com os concorrentes. “Neste segmento, nós saímos de 20,4% para 26% de participação”, comemora. Segundo ele, a faixa entre 9 e 11 toneladas representa 20% do mercado brasileiro de caminhões. “O 1119 tem um trem de força e uma capacidade de carga muito atrativos para o segmento, principalmente para carga de alta densidade”, afirma. Segundo Silva, 65% dos clientes que adquiriram o caminhão não possuíam outro veículo da marca.
2014 ficará marcado para a Ford pela volta da série F. “Esse é um caso muito interessante de sucesso. Os caminhões ficaram fora do mercado depois da transição do Euro 5 e voltaram com tudo”, declara. No período de pré-venda, a Ford recebeu 850 pedidos e, de acordo com ele, 98% deles se confirmaram.
Sobre a Transit, a Ford descontinuou a venda do modelo no Brasil e, por enquanto, não confirma a vinda da Nova Transit da Europa. A marca garantiu que continuará fornecendo peças e serviços para os consumidores brasileiros que possuem o veículo.
Extrapesado
O ano que se encerra será o primeiro completo para a Ford com participação no segmento de extrapesados, com o Cargo. Segundo Silva, 48% deste segmento é formado por caminhões 6×4, versão que a montadora ainda não oferece no País. “Mesmo assim, atingimos 2% de participação no segmento”, conta. Ele admite que a montadora projetava vender mais. “Mas, com a retração do mercado, a briga ficou maior”, justifica.
FONTE: Carga Pesada