A definição das condições para 2015 do PSI, linha de financiamento de investimentos do BNDES que no Brasil é responsável por financiar a maior parte dos implementos rodoviários da linha Pesada (Reboque e semirreboque), deve reduzir as vendas do setor no primeiro trimestre do ano.
A taxa anual de juros passou para 10% para as grandes empresas, 9,5% para as pequenas e médias empresas e 9% na modalidade Pró-Caminhoneiro, destinada a autônomos. O prazo de financiamento é de 72 meses (seis anos), com seis meses de carência para iniciar os pagamentos. No caso do Pró-Caminhoneiro, o prazo é de 96 meses (oito anos), com carência de 24 meses (dois anos).
O anúncio oficial das novas medidas, feito pelo Ministério da Fazenda no dia 19 de dezembro, não traz qualquer referência a respeito da parte financiável pelo PSI/Finame, que hoje é de 100% do valor do bem. O mercado, no entanto, tem como perspectiva a redução dessa parte pelo BNDES. “Se isso acontecer, a indústria espera que os bancos comerciais entrem firmes no complemento do valor dos bens, com taxas competitivas, para motivar os clientes e o mercado a fazer aquisições sem desembolso de capital de giro”, diz Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, ANFIR.
“O ano de 2014 não foi bom para a maioria dos negócios e por isso as empresas terão dificuldades em adquirir novos produtos ou mesmo renovar suas frotas”, avalia o presidente da ANFIR. No segmento Leve (Carroçaria sobre chassi), o impacto será menor porque uma boa parte das empresas compradoras não consegue se enquadrar nas regras do BNDES e por isso não tem acesso ao PSI/Finame.
O presidente da ANFIR acredita que se outras medidas de reaquecimento da economia forem tomadas ainda no princípio do ano as prováveis vendas menores do primeiro trimestre poderão ser recuperadas ao longo do ano. “Tudo vai depender da reação dos demais setores da economia”, afirma Braga.
FONTE: Frota e Cia