Caminhoneiros fazem uma manifestação na manhã deste domingo e fecham parte da Rodovia Fernão Dias (BR-381) em Igarapé, na Grande BH. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os trabalhadores estão impedindo a passagem de motoristas de veículos de carga e jogando pedras em caminhões que tentam furar o bloqueio. Carros, motos e ônibus têm permissão para passar.
Duas faixas estão fechadas no sentido Belo Horizonte/São Paulo desde 6h, na altura do km 513. Segundo a PRF, os caminhonheiros protestam contra a alta no preço do diesel e pedem aumento no valor do frete pago a eles. A manifestação gerou mais de nove quilômetros de congestionamento na estrada, tanto na direção bloqueada quanto no sentido São Paulo/BH.
A PRF sugere que motoristas usem um desvio seguindo pela BR-262, MG-050 entre Juatuba até Itaúna e depois usando a MG-431. Da rodovia estadual, os motoristas podem acessar novamente a BR-381, na altura de Itatiaiuçu.
De acordo com PRF, apesar de informações de que o protesto é organizado pelo Sindicato dos Caminhoneiros, não há lideres no movimento para negociar a liberação da via. Os policiais encontram dificuldades na tentativa de desbloquear a rodovia. O Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros informou que a manifestação partiu dos próprios motoristas.
De acordo com o morador da cidade de Igaraé, Gleidson Teodoro, o protesto é violento porque os manifestantes impedem a passagem de caminhões com pedradas. Gleidson, que mora às margens da BR, fotografou um veículo que teve o pára-brisa atingido por pedra.
Preços
De acordo com os motoristas que participam do protesto, o litro do diesel aumentou antes o carnaval de R$ 2,65 para R$ 2,90. Além disso, o valor do pedágio teve alta gradativamente nos últimos anos, o que revolta os caminhoneiros.
Atualmente, o pedágio custa R$ 1,75 e a taxa é cobrada proporcionalmente ao número de eixos de cada caminhão. Alguns veículos somam até seis eixos. Os profissionais ainda reclamam de inflação em preços de restaurantes às margens das rodovias, borracheiros e pneus.
Segundo o caminhoneiro Renato Martins de Almeida, 39 anos, as empresas contratam os transportadores por cerca de R$ 2 mil para uma viagem de BH a São Paulo e dentro desse valor, os caminhoneiros arcam com todos os custos da viagem. “Está inviável trabalhar”, desabafa o condutor. Os caminhoneiros pedem ainda alterações na Lei 12.619, que dispoõe sobre regra trabalhistas para a categoria.
FONTE: Estado de Minas