Aproximadamente 70 caminhoneiros dão continuidade à manifestação, nesta quarta-feira (25), em frente à empresa Sal Cisne, na rua Salinas Ponta Costa, em Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio. Os carreteiros, que iniciaram o ato na sexta-feira (20), reivindicam aumento no valor pago pela refinaria no frete, que não sofreu reajuste, enquanto o diesel subiu aproximadamente R$ 0,15. Eles ressaltam que o valor dos pedágios também aumentou nos últimos meses.
Segundo os caminhoneiros uma reunião foi realizada nesta terça-feira (24) entre a empresa e os representantes da categoria. As reivindicações dos trabalhadores foram expostas, mas nada foi definido.
Um dos representantes dos carreteiros, Edinei Dias, de 43 anos, afirma que o valor pago pela empresa não custeia uma viagem para São Paulo. "Somando as despesas de óleo com os pedágios, tenho um gasto de R$ 723 para chegar em São Paulo. Eu recebo R$ 730 de frete, ou seja, tenho que pagar do bolso para fazer a viagem. O preço de tudo está subindo, menos o do frete. Não dá para entender", disse.
Ainda de acordo com Edinei Dias, os prejuízos dos caminhoneiros estão só aumentando. "Tem profissional contabilizando um prejuízo que já varia entre R$ 2.500 e R$ 5.000. Algo precisa ser feito. Não podemos ficar assim", afirmou.
Procurada pela reportagem do G1, a empresa Sal Cisne informou, em nota enviada na manhã desta quarta-feira (25), que está em reunião e não vai se pronunciar no momento. Nesta terça-feira (24), a empresa disse ter ficado surpresa com a decisão dos caminhoneiros de não entrar na fábrica para fazer o carregamento das entregas. A Sal Cisne afirmou, ainda, que uma negociação entre as empresas de transporte para as quais os caminhoneiros fazem as entregas e a própria categoria está em curso. Por fim, afirmou que espera que as duas partes cheguem com urgência a um acordo para que os produtos possam ser entregues ao mercado.
FONTE: G1