Facchini

Protesto de caminhoneiros ganha adesão em municípios do RS

O protesto realizado por caminhoneiros em rodovias de todo o país ganhou adesões nesta sexta-feira (27) em municípios do interior do Rio Grande do Sul. Comerciantes fecharam as portas e agricultores levaram tratores para as regiões centrais de diferentes cidades para manifestar apoio aos bloqueios. Além da alta no preço dos combustíveis, eles reclamam da carga de impostos e da corrupção, como mostra reportagem do RBS Notícias.
Em Júlio de Castilhos, na Região Central, as lojas não abriram durante a tarde. Produtores de leite também apoiaram a manifestação. "O preço do óleo ficou muito alto. Não compensa buscar um volume pequeno, então o pequeno não está podendo entregar o leite. Está todo mundo jogando fora", diz a produtora Delta Rigol.
Cerca de 300 pessoas caminharam até a BR-158 e se juntaram aos caminhoneiros. O grupo bloqueou totalmente a rodovia por cerca de 20 minutos, conforme acordo firmado com a Polícia Rodoviária Federal.
"Nós só pedimos menos impostos, menos roubalheira", diz o caminhoneiro Régis Hortêncio. "Um preço justo pra trabalhar no transporte, que é a razão maior de eu estar aqui, estradas e portos com condições, menos desvio de dinheiro", completa.
Em São Sepé, também no Centro do estado, o protesto também teve o reforço de comerciantes, que foram para a beira da BR-392, onde um pequeno grupo de caminhoneiros continua parado.
O Centro de Passo Fundo parou. Caminhões, tratores e carros formaram uma fila de 7 km na principal avenida da cidade. "Estamos juntos, porque o óleo diesel impactou em toda a sociedade. É o agricultor, o caminhoneiro, e nós estamos juntos nessa luta", afirma o agricultor Rodrigo Graça, dentro da boleia de um caminhão e com a bandeira do Rio Grande do Sul cobrindo parte do corpo.
O comércio na cidade fechou por uma hora. "Vim para a rua porque eu, como empresa, também sofro com impostos altos. Sofremos com os motoristas que estão nas estradas, sofremos com esta roubalheira", diz a comerciante Carla Pavim.
Em Carazinho, na mesma região, cerca de 200 caminhoneiros cruzaram a cidade. As lojas não funcionaram e muitas pessoas foram às ruas para dar apoio. E em Santa Rosa, motoristas da Região Noroeste começaram um "caminhonaço" até Brasília. Eles querem reunir 3 mil caminhoneiros para pressionar o governo federal.
FONTE: G1 
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