A paralisação dos caminhoneiros em Santa Catarina ganhou força na sexta-feira e a estimativa é que o número de caminhões já supere 500 em São Miguel do Oeste, no trevo da BR-282 com a SC-163, e 100 em Maravilha, próximo ao posto da Coocatrans, nas margens da BR-282. Os dados foram repassados pela coordenação do movimento e confirmados pela Polícia Rodoviária Federal.
Os motoristas protestam contra o aumento dos combustíveis e más condições das estradas, entre vários outros itens. Na quinta-feira o movimento começou a bloquear também cargas de leite e ração.
— Só vamos liberar quando os agricultores se incorporarem ao nosso movimento — disse o motorista Vilmar Bonora, de São Miguel do Oeste, um dos líderes do movimento, que iniciou na quarta-feira.
No final da tarde a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc), anunciou o apoio ao motoristas e, na manhã deste sábado, agricultores devem engrossar o protesto.
Já o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), afirmou que a entidade não foi convidada oficialmente e que fica difícil mobilizar os produtores sem ter discutido a pauta e as estratégias. Mas destacou que cada categoria deve buscar defender suas reivindicações.
No entanto a paralisação já começa a causar transtornos na região. Em São Miguel do Oeste já começa a faltar combustível em alguns postos, segundo informações do portal da Rede Peperi.
Por enquanto o abate é normal pois até o final de semana os manifestantes fizeram um acordo para liberar as cargas de animais. Mas a partir da próxima semana as cargas podem ser bloqueadas.
— Se parar o abate vai prejudicar a indústria, os funcionários e os produtores — disse.
Lanznaster informou que já houve um aumento de custos pois os produtos que passavam pela BR 282 estão tendo que encontrar rotas alternativas por rodovias estaduais, por Anchieta, Campo Erê e Modelo.
— Não é justo que nós tenhamos que arcar com mais esse custo — afirmou.
Na sexta-feira os manifestantes entregaram um pauta de reivindicações ao deputado estadual Mauro de Nadal, que esteve no local. Ele ficou encarregado de fazer uma ponte do movimento com as autoridades dos governos Estadual e Federal. Carros de passeio, ônibus e ambulâncias têm passagem liberada.
FONTE: Diário Catarinense