Facchini

Transportadoras de Mogi sentem impacto do reajuste dos combustíveis

Fevereiro mal começou e os preços dos combustíveis subiram, para desespero de quem precisa abastecer. Trata-se de um reajuste de impostos sobre produtos, e de litro em litro a diferença acaba pesando no bolso. As transportadoras do Alto Tietê estão tentando amenizar o impacto do aumento, mas os clientes vão ajudar a pagar esse novo custo.
Uma empresa de Mogi das Cruzes faz frete em todo o País. Para sobreviver após os aumentos teve que buscar alternativa.
“A nossa transportadora achou um jeito de dar uma melhorada na situação. Vendemos os caminhões e trabalhamos com terceirizado. Tínhamos 15 caminhões próprios. Hoje, nós trabalhamos com caminhoneiros agregados”, disse o empresário Dario Souza Júnior.
Mesmo assim, o empresário encontra dificuldade para trabalhar. É que se repassar o aumento pode perder clientes. O problema é que os terceirizados aumentaram os custos.“Se vier um outro aumento, como o último, aí sem chance. Vai vir prejuízo, trabalharemos no vermelho. Teremos que remanejar, bolar outra estratégia de mercado para poder atender os clientes”, detalha.
No começo de fevereiro o litro da gasolina subiu R$ 0,22. O diesel, R$ 0,15. O aumento dos combustíveis faz parte do pacote de elevação dos impostos para tentar reequilibrar as contas públicas. Quem trabalha com motofrete também já sente o peso do combustível. Outra empresa de Mogi das Cruzes faz, em média, 100 entregas por dia. Agora, com o combustível mais caro, os gastos vão subir 15%. “O impacto é direto no valor de prestação do nosso serviço. Algumas empresas que trabalhamos, por serem grandes, mantemos um contato fixo, com valor fixo, não posso mexer nesse valor”, disse a empresária Kely Bonvenuto, empresária.
Na empresa, dez motos e um automóvel percorrem todas as cidades da região e a Capital. São cerca de 3 mil quilômetros rodados por dia. A saída, encontrada para diminuir a perda do lucro, é repassar o reajuste gradativamente.“Eu tento repassar o mínimo possível, tento fazer de forma gradativa, mas os clientes sempre reclamam”.
De acordo com a Receita Federal, estão sendo reajustados o PIS, a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE) sobre os combustíveis, que havia sido extinta e agora está de volta. Com esse aumento dos impostos o governo federal espera arrecadar mais de R$ 12 bilhões, só em 2015.
FONTE: G1
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