Facchini

União de caminhoneiros pede regulação de preços do setor pela ANTT

A União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) pede que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) comece a regular a atividade de caminhoneiros autônomos para acalmar os motoristas que desde a semana passada bloqueiam trechos de estradas federais e estaduais em quatro das cinco regiões do país. Essa é a principal reivindicação da associação nacional do setor, que, no entanto, pondera que o governo atual promoveu avanços na categoria.
Para “evitar que o caos se instale”, segundo a carta aberta assinada nesta terça-feira pelo presidente da Unicam, José Araújo da Silva, conhecido como China, é necessária uma regulação maior da atividade. Neste ano, o preço pago pelos fretes foi reduzido pelas empresas do setor em virtude do recuo da cotação das commodities ao longo do ano passado, enquanto subiram os custos, principalmente com diesel. Essa reclamação figura entre as principais dos caminhoneiros.
Por isso, uma atuação regulatória da ANTT para os autônomos impediria o achatamento da margem de lucro dos autônomos, no entendimento de China. Ele também cita o fim da “carta frete”, a instituição de vale pedágio, a concessão de juros subsidiados pelo BNDES à compra de novos caminhões e a redução da base de cálculo do IR do transportador autônomo de 40% para 10% como medidas positivas adotadas pelo governo para o setor nos últimos anos.
Logo no começo da carta de seis páginas, a Unicam afirma que os bloqueios e paralisações começaram de maneira autônoma e que há um perigo de politização da piora das condições do setor.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística da Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmou também há pouco que iniciou o diálogo em Brasília para tratar da pauta de reivindicações dos caminho neiros entregue no fim do ano passado à Casa Civil e à Secretaria-Geral da Presidência da República. A confederação diz que o governo está aberto ao diálogo e que por isso “não há necessidade de realizar” os bloqueios por parte dos caminhoneiros.
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