Desde a quarta, dia 18, caminhoneiros de várias regiões do país bloqueiam rodovias, impedindo a passagem de mercadorias. Em função disso, o país enfrenta uma crise de abastecimento de alimentos e combustíveis.
1) Preço do diesel
Os protestos, organizados por caminhoneiros e empresários do setor de transportes, são contra os altos custos do diesel, reajustados em 1º de fevereiro. As alíquotas de PIS e Cofins subiram R$ 0,22 por litro para a gasolina e R$ 0,15 para o diesel.
O setor alega que os valores mais altos do diesel provocam taxas mais altas de frete, elevando a competitividade do transporte ferroviário ante o rodoviário. O diesel representa cerca de 60% dos custos do frete por rodovias e é o principal combustível utilizado pela agricultura, desde o transporte com calcário e fertilizantes, custo de produção dos produtores, até o transporte dos grãos.
2) Cide
A volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que passa a vigorar em 1° de maio, e deve contribuir, ainda mais, para o aumento dos combustíveis.
3) Lei dos Caminhoneiros
A Lei dos Caminhoneiros, que define uma jornada de até 12 horas, não agradou todos os motoristas. Eles criticam o texto aprovado pela Câmara dos Deputados, no último dia 11. Além da nova jornada, o texto traz outras alterações importantes. O tempo máximo ao volante aumenta de 4 para 5,5 horas e o intervalo de descanso diminui de 9 para 8 horas. O tempo da pausa obrigatória, que é de 30 minutos, poderá ser fracionado, desde que o número de horas contínuas não passe de 5,5.
Outro ponto polêmico da Lei era com relação à fiscalização das pausas obrigatórias. Motoristas e empresas reclamam que muitas estradas não possuem a estrutura necessária para garantir a segurança dos motoristas durante as pautas. O novo texto propõe que não haverá fiscalização nos trechos rodoviários sem infraestrutura e a polícia não poderá multar os motoristas nesses casos.
4) Pedágio no Paraná
No Estado paranaense, a principal reclamação é sobre o aumento no pedágio. Na BR-369 na altura de Arapongas, próximo à Londrina, o motorista paga R$ 6,80 de pedágio, até dezembro o valor era R$ 6,50.
5) Tabelamento do frete em Mato Grosso
Em Mato Grosso, os caminhoneiros reclamam da precariedade das estradas. No início de fevereiro, um levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apontou que o Estado tem a pior malha viária do país. A falta de investimento no setor pode aumentar ainda mais o custo de frete na região.
FONTE: Cenário MT