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Volvo não prevê fechar fábrica de caminhões no Paraná

A Volvo esclareceu que a reestruturação dos negócios de bens de capital, comunicada em relatório financeiro divulgado no dia 5 de fevereiro, não prevê o fechamento da fábrica de caminhões da marca sueca em Curitiba, no Paraná.
O grupo vai desativar gradualmente durante este ano apenas duas linhas – retroescavadeiras e motoniveladoras – na fábrica de máquinas e equipamentos localizada em Pederneiras, no interior paulista. A unidade paulista, contudo, seguirá ativa com a produção de outros bens de capital: escavadeiras, carregadeiras, caminhões articulados, compactadores de solo e escavadeiras. Em nota encaminhada pela subsidiária brasileira da montadora, a Volvo enfatiza que a decisão não afeta a área de caminhões e tampouco a fábrica de Curitiba.
O fim das operações de retroescavadeiras e de motoniveladoras, que também atinge fábricas nos Estados Unidos e na Polônia, faz parte de uma estratégia global de transferir a produção desses dois produtos para a SDLG, uma empresa chinesa da Volvo Construction Equipment, braço do grupo na indústria de máquinas e equipamentos de construção.
O objetivo é reduzir custos e melhorar a rentabilidade da operação. Em conjunto, cerca de mil vagas de trabalho serão eliminadas nas operações afetadas. Os dois produtos não vinham gerando a rentabilidade esperada pela companhia.
No balanço do quarto trimestre da empresa, o presidente-executivo da Volvo, Olof Persson, afirmou que o negócio de equipamentos da Volvo tem sofrido com a deterioração em mercados fora da América do Norte. 
Em seu relatório financeiro, a companhia disse ainda que, em 2014, o mercado brasileiro — o mais importante na América do Sul — caiu 11% no segmento de caminhões pesados em relação ao ano anterior. A demanda por caminhões no país, disse a Volvo, está sendo afetada pelo baixo crescimento da economia e pelas mudanças nos programas de financiamentos a veículos comerciais, com aumento de juros e redução na cobertura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Isso significa que o mercado terá um início fraco em 2015, avaliou a Volvo. Neste ano, a previsão do grupo é que o mercado de caminhões pesados no Brasil some 75 mil unidades, abaixo da previsão anterior de 85 mil.

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