Representantes de caminhoneiros autônomos que realizaram uma grande mobilização no mês passado, bloqueando vários trechos de rodovias no País, devem reunir-se hoje, em Brasília, no Ministério dos Transportes. A data é quando devem ser apresentadas as propostas às reivindicações da categoria, entre elas um novo valor da carta frete. Caso as propostas não sejam satisfatórias, os autônomos podem realizar novos bloqueios. No Paraná, parte da categoria avisou que inicia os bloqueios à zero hora de amanhã na região Sudoeste se as negociações não mostrarem avanços.
A primeira reunião de negociação entre governo federal, caminhoneiros e empresários do setor de transporte rodoviário de carga foi realizada no dia 10 de março. Neste encontro foram criados três grupos intersetoriais de trabalho para estudo das propostas da categoria. Estas propostas, ou pelo menos o esboço delas, devem ser apresentadas na reunião de hoje, marcada para o meio da manhã.
As negociações são feitas com profissionais autônomos, membros de sindicatos e associações da categoria, com os ministérios dos Transportes, Trabalho, Agricultura e a Secretaria-Geral da Presidência da República.
O movimento autônomo tem cerca de 100 lideranças, com isso, cada grupo pode optar por realizar novas manifestações, mesmo que individualmente, como é o que ameaça o grupo de caminhoneiros do Sudoeste do Paraná.
Ao comentar as manifestações feitas por caminhoneiros, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, disse que os incentivos à compra dos veículos foram além do necessário e, por isso, faltariam mercadorias para tantos caminhões. "Hoje há excesso de caminhões e faltam mercadorias para tantos caminhões. Mas isso faz parte da virada pela qual estamos passando na logística do país.” Kátia disse ainda que muitas reivindicações da categoria são procedentes.
FONTE: Bem Paraná